13 de junho de 2007

A matilha espreita


Segundo o Diário de Notícias, o Primeiro-Ministro inglês, Tony Blair, afirmou que os jornalistas são uma "matilha selvagem" e que "fazem pouco das pessoas e denigrem as suas reputações". Isto é verdade, também em Portugal se verifica que muito "jornalista" gosta de gozar a bom gozar. E aqueles que gozam são invariavelmente de uma pobreza de espírito e de intelecto muito mais inferior do que aqueles que eles pretendem gozar.
No jornalismo televisivo, principalmente nas reportagens, então isso é quase diário, quando escolhem e focam os pormenores menos "glamourosos" das pessoas: ou porque falam mal e pronunciam as palavras incorrectamente, ou porque vestem mal, ou porque lhes faltam dentes, além de outros pormenores físicos e tiradas mais ou menos infelizes. O pormenor, o fait-divers é que conta, o resto é supérfluo. Enfim tudo o que se afasta do "politicamente correcto" é alvo de chacota e de gozo.
Mas eles filmam e editam esses pormenores porque, para além do poviléu se rever nisso e achar muita graça, também é sobretudo uma forma de "marcar" determinada pessoa, e deixar um rasto para memória futura, que será maior ou menor consoante o atingido tem maior ou menor visibilidade pública e que poderá sempre servir como arma de arremesso. Isto aplica-se desde o cidadão mais maltrapilho até ao multimilionário, passando, claro está, pela classe mais apetecível: a política. Ninguém se julgue a salvo.

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