31 de janeiro de 2008

Nojo

À frente deste miserável país está o governo mais rasca que alguma vez passou pelos bancos do Poder.

O governo de Sócrates está às ordens do Bloco de Esquerda em tudo o que é costumes de alcova e em comemorações e interpretações históricas do país.

Um Povo que renega, que apaga, que reescreve, a sua História, está condenado.

Agora, o Bloco de Esquerda conseguiu que o Governo de Sócrates, o homem mais inculto de toda a História de Portugal, já contando o período dos primeiros hominídeos que se passearam por este rincão do planeta, recuasse e, já não autorizasse a Banda do Exército de dar música na cerimónia que evocará amanhã os 100 anos do Regicídio do Rei D. Carlos.

Miseráveis. Deus queira que daqui a 100 anos, se ainda houver portugueses, se lembrem de vomitar sobre as vossas campas.

30 de janeiro de 2008

Ah! Que coincidência!

 Correia de campos criancas  inem_01

Correia de Campos, o ex-Ministro da Saúde, não havia maneira de desocupar o cargo.

O velho PS dava sinais de impaciência, por o homem não olhar às evidências e sair pelo seu próprio pé.

Eis que a "providência" resolve entrar em acção: surge uma gravação áudio das conversas mantidas entre o INEM e os Bombeiros Voluntários do concelho de Alijó, que pôs a descoberto as "fragilidades" do socorro médico.

A gravação surge nos meios de comunicação social menos de 24 horas sobre o sucedido.

Dizem que o caso de Alijó não é regra, mas não é caso virgem no país, conforme Correia de Campos confirmou.

Então pergunta-se: porquê a divulgação pública do caso de Alijó, e não de outro ponto qualquer do país?

Não percebem? Bem, eu explico.

José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, vulgo José Sócrates, nasceu em Vilar de Maçada. Sabem onde fica? Pois é. Vilar de Maçada é uma freguesia do concelho de Alijó.

Já perceberam?

P.S. Alguém sabe se o homem sempre caiu das escadas e morreu? Por onde anda o "irmão" da "vítima", o tal que "fez" a chamada para o INEM?

Não percebe?!

"Marinho Pinto, bastonário da Ordem dos Advogados, reafirmou no discurso de abertura do Ano Judicial, que se realizou esta terça-feira no Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa, que existe «uma criminalidade de colarinho branco que se pratica quase impunemente na sociedade portuguesa».

[...]

Mas as críticas foram mais longe e Marinho Pinto diz nunca se ter percebido por que «é que a última lei da amnistia e perdão de penas perdoou parte das penas por crimes de abuso sexual de menores e já não o fez em relação a outros delitos bem menos graves».

(in "Portugal Diário"; 2008/01/29)

Ó Marinho Pinto, eu sei, que você sabe, que nós todos percebemos o porquê do perdão de penas em relação aos crimes de abuso sexual de menores.

Mas se lhe restavam dúvidas devia interrogar  os representantes do órgão de soberania do qual partiu tal iniciativa legislativa, que como sabe foi a Assembleia da República. Olhe, nem de propósito, tinha aí, à mão de semear, entre outros, o Presidente da Assembleia, Jaime Gama, porque não o interrogou? Poderia ser que ficasse esclarecido.

 

VIVA O I.S.C.T.E.

O Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, vulgo I.S.C.T.E., tem sido um "fornecedor" de ministros, ao Governo de Sócrates, que até espanta. Já o tinha sido durante o consulado de Guterres.

Eu, que estive quase para ir estudar para o I.S.C.T.E., mal sabia que também poderia ser um dos eleitos. Que estúpido que fui. Tive o "passáro na mão" e deixei-o fugir.

Assim de repente, lembro-me dos seguintes nomes que foram, ou ainda são, ministros e que por lá andaram:

José Sócrates - Primeiro-Ministro

Maria de Lurdes Rodrigues - Ministra da Educação

António Pinto Ribeiro - Ministro da Cultura

José Vieira da Silva - Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social

Eduardo Ferro Rodrigues - Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social (Governo de Guterres)

Paulo Pedroso - Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social (Governo de Guterres)

Se alguém se lembrar de mais algum é só acrescentar.

Gente séria

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As fotos 1, 2 e 4 foram retiradas ao Kaos do:

wehavekaosinthegarden.blogspot.com

Beleza na Cultura

Começa bem, o novo Ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, tem bom gosto, logo, só podemos esperar que no final do seu consulado Portugal esteja pejado de belas artes.

29 de janeiro de 2008

Será verdade?

Isto, a ser verdade, deveria implicar que os partidos políticos, PSD/CDS-PP e PS, fossem impedidos de se pronunciar, quanto mais concorrer a eleições, nos próximos 1.000 anos.

Se esta notícia desta ONG for verdade, Portugal desceu aos Infernos, e pergunto-me:

"Valeu a pena D. Afonso Henriques bater na mãe, para esta corja, passados quase 900 anos, estar à frente do país?"

Esta classe de parasitas que ocuparam o Estado, e que são useiros e vezeiros a cantar loas àqueles que, não cumprindo a Lei, derrubaram o regime do Estado Novo, será que não merecem que lhe façam o mesmo?

Portugueses é hora de acordar e acabar com este regabofe.

Memória futura

O Pacheco Pereira aludiu que a Biblioteca Nacional deveria preservar a memória - e convém dizer que memória é História - de tudo aquilo que se publica na Internet, e que a Portugal diz respeito.

Para memória futura, há dois blogues que, obrigatoriamente, deveriam fazer parte desse registo, a saber:

http://asvicentinasdebraganza.blogspot.com/

http://wehavekaosinthegarden.blogspot.com/

28 de janeiro de 2008

À consideração de Marinho Pinto

ridiculous

«Ridículo», diz Júdice

(in Portugal Diário)

2003/07/05 | 19:33

"Para o bastonário da ordem dos Advogados o argumento de pressão é «ridículo».

O bastonário da ordem dos Advogados, José Miguel Júdice, considerou este sábado «ridículo» o argumento alegadamente utilizado pelo juiz do caso de pedofilia na Casa Pia de que o PS o terá pressionado, bem como ao Presidente da República.

«É ridículo. Se o ridículo matasse, hoje tinham morrido gente», disse à Agência Lusa o bastonário José Miguel Júdice, comentando a informação do «Jornal de Notícias/JN» de que o juiz Rui Teixeira, no despacho que fundamenta a prisão do deputado Paulo Pedroso, fala em pressões do PS ao mais alto nível, incluindo Presidente da República, presidente da Assembleia da República, Procurador-geral da República, ministro do Governo e o próprio bastonário.

Dizendo que tudo isto é «caricato» e que «seria grave» que a prisão preventiva de Paulo Pedroso se fundamentasse basicamente nas alegadas pressões do PS, Júdice comentou: «Não sabia que me tinham metido neste filme sem me terem contactado antes».

«Se eu fui alvo de pressões ou fiz pressão, o melhor seria alguém perguntar ou ouvir a minha versão antes de dizer» o que quer que fosse, criticou, salientando que não faz pressões, nem é «pressionável».

Questionado sobre o facto de constar num grupo de pessoas alegadamente pressionadas e em que também está Jorge Sampaio, Mota Amaral e Souto de Moura, o bastonário notou que o meteram num «caldeirão» que «tem muita honra», pois trata-se das principais figuras do país.

O bastonário entende que é «estranho» que matérias em segredo de justiça apareçam sistematicamente nas páginas dos jornais, sendo esta situação «intolerável» não por culpa dos jornalistas, que cumprem o seu papel, mas de quem entrega tais documentos, cometendo assim um crime público (violação do segredo de justiça).

Para José Miguel Júdice estão a transformar o segredo de justiça numa «fantochada» e, se assim é, mais vale então deixar de ser crime, pois o que se passa «é uma vergonha».

Segundo o «JN», o juiz Rui Teixeira, do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa, diz no despacho que determinou a prisão preventiva de Paulo Pedroso, que o arguido e os seus «amigos» usaram todos os pretextos para pressionar a Justiça.

Os documentos a que o jornal teve acesso referem muitas outras pressões, designadamente «a José Miguel Júdice, bem como tentativas junto de Jorge Sampaio, Mota Amaral e de Souto Moura para tentar, por todas as vias, impedir o curso e a tramitação normal e legal do inquérito».

Estes argumentos foram também utilizados pelo procurador João Guerra, que dirige as investigações, nas contra-alegações ao pedido de libertação de Paulo Pedroso, interposto pelo seu advogado Celso Cruzeiro.

Além de Paulo Pedroso, estão ainda em prisão preventiva no âmbito do caso Casa Pia o apresentador de televisão Carlos Cruz, o diplomata Jorge Ritto, o médico João Ferreira Diniz, o advogado Hugo Marçal, o ex-provedor adjunto da Casa Pia Manuel Abrantes e o ex-funcionário casapiano Carlos Silvino «Bibi», este último com a acusação já deduzida.

Outras pessoas, incluindo o humorista e apresentador de televisão Herman José e o arqueólogo subaquático Francisco Alves, são também arguidos no processo, mas estão em liberdade mediante medidas de coacção menos gravosas."

Apelo ao Povo Irlandês

 

Sou Europeu convicto. Os povos europeus são generosos. Foram ao longo do Tempo capazes das maiores atrocidades cometidas contra a Humanidade, mas, por causa disso mesmo, hoje têm uma Autoridade perante o planeta para se fazerem ouvir e respeitar, que outros povos ainda  não têm, quando emitem alertas para o resto do mundo.

Tristemente, há europeus que gostam de se menosprezar e rejeitam a História do continente, pondo-se de cócoras perante outra gente que a todo o custo assassina o modo de ser e de estar da Europa.

Eu, costumo dizer perante a  minha família,  que todos nós podemos criticar até à medula tudo o que nos afasta e nos aproxima, mas que perante os outros, que estão fora do nosso círculo restrito, devemos cerrar fileiras e protegermo-nos, sob pena de não sermos tomados a sério.

Tudo isto vem a propósito da rejeição de submeter a referendo o novo tratado da União Europeia, ou, como os mentirosos gostam de apelidar: "Tratado de Lisboa".

José Sócrates, mais uma vez, não respeitou uma promessa eleitoral, e como ele, mais 25 países não submeterão à consulta popular o texto desse tratado.

A Irlanda será, em princípio, o único país, por força da sua constituição, que realizará um referendo para ouvir o que o seu povo tem a dizer sobre o futuro da Europa.

Eu, se houvesse um referendo em Portugal votaria SIM, não porque o tratado seja o que todos os europeus aspiram, mas sem este texto parece que a luta dos povos europeus por um mundo melhor seria muito mais complicada. O tratado de Lisboa é um meio de luta, não a quietude da velha Europa.

No entanto, se por ventura, eu, como português, visse que era rejeitada a consulta aos meus irmãos europeus e eu tivesse oportunidade de me pronunciar num referendo, que não tenho, diria: NÃO.

Não, pelo texto do tratado, mas sim porque não aceito, que apesar de eu poder me pronunciar num referendo, os restantes membros da minha família sejam impedidos de dizer através do voto o que pensam.

O Povo Irlandês tem uma oportunidade histórica de dizer: "NÃO" ao tratado de Lisboa, com base de que os restantes povos irmãos europeus estão impedidos de se pronunciar contrariando o Estado de Direito, a Democracia, e o espírito europeu de Robert Schumann e Jean Monet.

Sei que é pedir muito à Irlanda, porque caso o "NÃO" vencesse, os irlandeses seriam ostracizados dentro da União, porque não são pioneiros e não têm o peso de uma França ou Holanda, mas encarnariam o que, no meu ver, dever ser, e se pede, a um verdadeiro Europeu.

Para se ser Europeu não basta unicamente abrir a caixa de esmolas, deverá ser sobretudo exigir Verdade e Democracia na casa da nossa Família.

Sem estes pressupostos não há "Europa" que resista.

A classe política que está aos comandos dos povos da União não percebe isto e não sabe gerir a herança que, apesar de ser boa nas intenções primevas, lhe calhou em testamento, e estão com as suas acções a aniquilar a Europa que os povos querem.

Há que pôr cobro a estes demandos, começando pela nossa casa.

Abre-te boca

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É devido a este tipo de personagens que Portugal está onde está. Não há ninguém que diga a este "senhor" para se conter?

Esperança

personal hope

Não sei porquê, mas acredito na nossa Juventude. Sei que muitos dizem que, com estes jovens portugueses,  não vamos a lado nenhum. Não acredito nisso. Vejo muitos jovens portugueses a desempenhar as tarefas mais básicas, e outros cujas quais se exige mais estudo, com um sorriso de esperança. Em todos vejo que Portugal não deixará de existir depois de nós deixarmos esta vida terrena.

Vejo pelos meus filhos, que nasceram depois de Abril, que eles conseguirão dar a "volta ao texto".

Sei também que esta geração, que está agora nos vinte anos, é infinitamente mais generosa que aquela que agora detém o Poder.

Mas até esta geração deter o Poder, nós, que éramos crianças aquando do 25 de Abril de 1974, devemos desmascar a Podridão que está instalada no nosso Portugal.

Os nossos filhos merecem a nossa Luta.

Portugal pede-nos que lutemos.

27 de janeiro de 2008

Feios, Porcos e Maus

Perante as acusações do bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho Pinto, de que vários criminosos ocupam neste momento altos cargos no Estado, José Sócrates, afirmou:

"Tenho a certeza que ele não se referia a nenhum membro, nem a nenhum ministro deste governo"

O Primeiro-Ministro foi rapidíssimo nas conclusões ao "seu" inquérito  efectuado dentro do Governo.

O Ministério Público levará, como sempre, um pouco mais de tempo a realizar o inquérito anunciado, mas as conclusões serão as mesmas.

José Sócrates não gosta de renda de bilros, prefere ponto cruz.

Portugal assemelha-se, cada vez mais, à família do filme italiano: "Feios, Porcos e Maus" de Ettore Scola, mas passados 30 anos essa "família" já ocupa altos cargos no Estado.

25 de janeiro de 2008

Impunidade em Portugal? Nunca, "jamais"

Até que enfim que chegou alguém para animar isto.

Claro que as acusações do bastonário da ordem dos Advogados, António Marinho Pinto, não vão dar em nada. Mas até ao arquivamento vai-se falando no assunto e incomodando as hostes.

Em Portugal não há corruptos, pedófilos e mentirosos, quanto mais pensar que gente desta ocupa altos cargos no Estado.

Se dúvidas houvesse, porque alguns dos bem colocados não queriam este homem à frente da Ordem dos Advogados, deixaram de existir.

António Marinho Pinto não disse nada de novo que já não tivesse dito anteriormente. Mas como era considerado "lunático", ninguém ligava. Agora dava muito nas vistas. Nós percebemos.

Daí o temor das "eminências pardas do regime" que ele fosse eleito bastonário.

24 de janeiro de 2008

Dá que pensar

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
PARA O 42º DIA MUNDIAL
DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

Domingo, 4 de Maio de 2008

«Os meios de comunicação social:
na encruzilhada entre protagonismo e serviço.
Buscar a verdade para partilhá-la
»

"Queridos irmãos e irmãs!

1. O tema da próxima Jornada Mundial das Comunicações Sociais – «Os meios de comunicação social: na encruzilhada entre protagonismo e serviço. Buscar a verdade para partilhá-la» – coloca em relevo como é importante o papel destes instrumentos na vida das pessoas e da sociedade. De facto, não existe âmbito da experiência humana, sobretudo se enquadrada no vasto fenómeno da globalização, onde os media não se tenham tornado parte constitutiva das relações interpessoais e dos processos sociais, económicos, políticos e religiosos. A tal propósito, escrevi na Mensagem para a Jornada da Paz do passado dia 1 de Janeiro: «Os meios de comunicação social, pelas potencialidades educativas de que dispõem, têm uma responsabilidade especial de promover o respeito pela família, de ilustrar as suas expectativas e os seus direitos, de pôr em evidência a sua beleza» (n. 5).

2. Graças a uma vertiginosa evolução tecnológica, os referidos meios foram adquirindo potencialidades extraordinárias, ao mesmo tempo que levantavam novas e inéditas interrogações e problemas. É inegável a contribuição que podem dar para a circulação das notícias, o conhecimento dos factos e a difusão do saber: por exemplo, contribuíram de modo decisivo para a alfabetização e a socialização, como também para o avanço da democracia e do diálogo entre os povos. Sem a sua contribuição, seria verdadeiramente difícil favorecer e melhorar a compreensão entre as nações, conferir respiro universal aos diálogos de paz, garantir ao homem o bem primário da informação, assegurando ao mesmo tempo a livre circulação de intentos a bem nomeadamente dos ideais de solidariedade e justiça social. Sim! Os media, no seu conjunto, não servem apenas para a difusão das ideias, mas podem e devem ser também instrumentos ao serviço de um mundo mais justo e solidário. Infelizmente, é bem real o risco de, pelo contrário, se transformarem em sistemas que visam submeter o homem a lógicas ditadas pelos interesses predominantes de momento. É o caso de uma comunicação usada para fins ideológicos ou para a venda de produtos de consumo mediante uma publicidade obsessiva. Com o pretexto de se apresentar a realidade, de facto tende-se a legitimar e a impor modelos errados de vida pessoal, familiar ou social. Além disso, para atrair os ouvintes, a chamada quota de audiências, por vezes não se hesita em recorrer à transgressão, à vulgaridade e à violência. Existe enfim a possibilidade de serem propostos e defendidos, através dos media, modelos de desenvolvimento que, em vez de reduzir, aumentam o desnível tecnológico entre países ricos e pobres.

3. A humanidade encontra-se hoje numa encruzilhada. Vale também para os media aquilo que escrevi, na Encíclica Spe salvi, sobre a ambiguidade do progresso, que oferece inéditas potencialidades para o bem, mas ao mesmo tempo abre possibilidades abissais de mal que antes não existiam (cf. n. 22). Por isso, há que interrogar-se se é sensato deixar que os instrumentos de comunicação social se ponham ao serviço de um protagonismo indiscriminado ou acabem em poder de quem se serve deles para manipular as consciências. Não se deveria, antes, fazer com que permaneçam ao serviço da pessoa e do bem comum e favoreçam «a formação ética do homem, o crescimento do homem interior» (Spe salvi, 22)? A sua influência extraordinária na vida das pessoas e da sociedade é um facto amplamente reconhecido, mas hoje há que pôr em evidência a viragem, diria mesmo a mudança verdadeira e própria de função, que os media estão a enfrentar. Hoje, de modo sempre mais acentuado, a comunicação parece às vezes ter a pretensão não só de apresentar a realidade, mas também de a determinar graças à capacidade e força de sugestão que possui. Constata-se, por exemplo, que em certos casos os media são utilizados, não para um correcto serviço de informação, mas para «criar» os próprios acontecimentos. Esta perigosa alteração da sua função é vista com preocupação por muitos Pastores. Exactamente porque se trata de realidades que incidem profundamente em todas as dimensões da vida humana (moral, intelectual, religiosa, relacional, afectiva, cultural), estando em jogo o bem da pessoa, impõe-se reafirmar que nem tudo aquilo que for tecnicamente possível é eticamente praticável. Por isso, o impacto dos meios de comunicação sobre a vida do homem contemporâneo coloca questões inevitáveis, que aguardam decisões e respostas não mais adiáveis.

4. O papel que os instrumentos de comunicação assumiram na sociedade é já considerado parte integrante da questão antropológica, que surge como desafio crucial do terceiro milénio. De modo semelhante ao que se verifica no sector da vida humana, do matrimónio e da família e no âmbito das grandes questões contemporâneas relativas à paz, à justiça e à defesa da criação, também no sector das comunicações sociais estão em jogo dimensões constitutivas do homem e da sua verdade. Quando a comunicação perde as amarras éticas e se esquiva ao controle social, acaba por deixar de ter em conta a centralidade e a dignidade inviolável do homem, arriscando-se a influir negativamente sobre a sua consciência, sobre as suas decisões, e a condicionar em última análise a liberdade e a própria vida das pessoas. Por este motivo é indispensável que as comunicações sociais defendam ciosamente a pessoa e respeitem plenamente a sua dignidade. São muitos a pensar que, neste âmbito, seja actualmente necessária uma «info-ética» tal como existe a bio-ética no campo da medicina e da pesquisa científica relacionada com a vida.

5. É preciso evitar que os media se tornem o megafone do materialismo económico e do relativismo ético, verdadeiras pragas do nosso tempo. Pelo contrário, eles podem e devem contribuir para dar a conhecer a verdade sobre o homem, defendendo-a face àqueles que tendem a negá-la ou a destruí-la. Pode-se mesmo afirmar que a busca e a apresentação da verdade sobre o homem constituem a vocação mais sublime da comunicação social. Usar para tal fim as linguagens todas e cada vez mais belas e primorosas de que dispõem os media é uma tarefa grandiosa, confiada em primeiro lugar aos responsáveis e operadores do sector. Mas tal tarefa, de algum modo, diz respeito a todos nós, porque todos, nesta época da globalização, somos utentes e operadores de comunicações sociais. Os novos media, sobretudo telefonia e internet, estão a modificar a própria fisionomia da comunicação, e talvez esta seja uma ocasião preciosa para a redesenhar, ou seja, para tornar mais visíveis, como disse o meu venerado predecessor João Paulo II, os traços essenciais e irrenunciáveis da verdade sobre a pessoa humana (cf. Carta apostólica O rápido desenvolvimento, 10).

6. O homem tem sede de verdade, anda à procura da verdade; demonstram-no nomeadamente a atenção e o sucesso registados por muitas publicações, programas ou filmes de qualidade, onde são reconhecidas e bem apresentadas a verdade, a beleza e a grandeza da pessoa, incluindo a sua dimensão religiosa. Jesus disse: «Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará» (Jo 8, 32). A verdade que nos torna livres é Cristo, porque só Ele pode corresponder plenamente à sede de vida e de amor que está no coração do homem. Quem O encontrou e se apaixona pela sua mensagem, experimenta o desejo irreprimível de partilhar e comunicar esta verdade: «O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos – escreve São João –, o que contemplámos, o que tocámos com as nossas mãos acerca do Verbo da Vida, é o que nós vos anunciamos […], para que estejais também em comunhão connosco. E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. Escrevemos tudo isto, para que a vossa alegria seja completa» (1 Jo 1, 1-3).

Invocamos o Espírito Santo para que não faltem comunicadores corajosos e testemunhas autênticas da verdade que, fiéis ao mandato de Cristo e apaixonados pela mensagem da fé, «saibam tornar-se intérpretes das exigências culturais contemporâneas, comprometendo-se a viver esta época da comunicação, não como um tempo de alienação e de confusão, mas como um período precioso para a investigação da verdade e para o desenvolvimento da comunhão entre as pessoas e entre os povos» (João Paulo II, Discurso no Congresso Parábolas mediáticas, 9 de Novembro de 2002).

Com estes votos, afectuosamente concedo a todos a minha Bênção."

Vaticano, 24 de Janeiro – festa de São Francisco de Sales – de 2008.

BENEDICTUS PP. XVI

© Copyright 2008 - Libreria Editrice Vaticana

Vamos ver o que a comunicação social portuguesa tem a dizer sobre isto. Provavelmente, como de costume, preferem atacar o mensageiro e não discutir a mensagem.

Bento XVI é um Papa que, não sendo mediático e transportando muitos anti-corpos, aborda temas que vão ao âmago dos problemas actuais da Humanidade.

Infelizmente estamos num tempo em que não se discute os problemas do Homem. Mais, há uma corrente dogmática que "deita abaixo" tudo o que provém da Igreja Católica. E se Bento XVI for o mensageiro, ainda pior. Destilam ódio.

Invariavelmente, essa corrente jacobina domina a Comunicação Social.

Paz dos cemitérios

Hospitais em Portugal

"Santa Comba Dão: Imagem da lápide de Salazar vandalizada."

Depois admiram-se dele ganhar concursos.

Espera-se a todo o momento uma tomada de posição do Bloco de Esquerda.

23 de janeiro de 2008

Mentiras, ou como agora se diz: "Faltar à verdade"

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Foto retirada daqui

"Bush e assessores mentiram 935 vezes antes da guerra do Iraque."

José Sócrates e assessores estão apostados em bater este recorde. Já levam um bom resultado.

Até Outubro de 2009 têm todas as possibilidades de entrar no Livro Guinness dos Recordes e tirar o lugar a Bush e apêndices.

Portugal para onde vais?

O meu filho, que frequenta o 6.º ano de escolaridade numa escola pública, disse-me hoje condoído: "Pai, todos os alunos da escola foram proibidos de fazer brincadeiras de Carnaval." Retorqui-lhe: "Filho, dentro da sala de aula é para trabalhar. A brincadeira é no recreio." Olhos esbugalhados, devolve-me: "Pai, não percebeste. A proibição é também no recreio".

De peito apertado, afaguei-lhe a cabeça. Ele tinha uma pequena pistola de água que desejava dar-lhe uso entre os amigos.

Mas que merda de país estamos a deixar para os nossos filhos?

Carta Aberta ao Senhor Ministro da Saúde

Ex.mo Senhor Ministro da Saúde

Excelência

Venho através desta missiva, como cidadão deste país, que se sente responsável pelas funções que desempenha, pois como sabe o cargo que exerce emana do Povo, solicitar a V/ Ex.a que se demita, com base nos seguintes pressupostos:

  1. V/ Ex.a não tem condições de credibilidade para prosseguir a política delineada por este governo;
  2. O povo não acredita em V/ Ex.a, por mais bem intencionadas que sejam as suas medidas no sector da Saúde;
  3. Acredito, sinceramente, que V/ Ex.a tem as melhores das intenções para elevar as condições de acesso aos cuidados de saúde de acordo com o que de melhor se faz no mundo;
  4. Mas há um tempo para se ser obstinado e há outro tempo para se ser teimoso;
  5. Desculpe-me, V/ Ex.a alcançou o tempo da teimosia, e como parece que o  senhor Primeiro-Ministro não quer, ou não tem coragem, para dizer-lhe isso, digo-lhe eu, com a maior das estimas e de apreço pelo trabalho que desenvolveu;
  6. Acredito que no futuro o seu trabalho será elogiado, mas os homens de bem como o senhor Ministro é, sabem dar-se ao sacrifício do Povo e de Portugal, por mais injusto que seja;
  7. V/ Ex.a é um democrata. Um democrata despojado de interesses está sempre ao serviço do Povo;
  8. Sabe que a partir deste momento não tem mais o respeito do Povo;
  9. A política tem os seus custos, como bem sabe, e por vezes temos que ser Grandes;
  10. Para mim, se sair a tempo, será um dos Grandes ao serviço de Portugal.

Creia-me com estima e, mais uma vez, obrigado por tudo o que fez por Portugal. Ao contrário da demagogia que por aí vai, V/ Ex.a é um Português de Bem. Um Português de Bem não trai o seu Povo.

Desejo-lhe as maiores felicidades pessoais e profissionais.

O meu: Muito Obrigado.

Paulo Carvalho

Liberdade-1 / José Sócrates-0

Finalmente uma boa notícia para os portugueses. Sei que o ataque que o cidadão, e sobretudo na qualidade de Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, fez à liberdade de expressão passou ao lado da imensa maioria do povo português.

A justificação para tal é simples e só confirma que aquilo que moveu o Primeiro-Ministro a intentar um processo judicial contra António Balbino Caldeira, do blogue Do Portugal Profundo, e que este último deu voz pública, é verdade, ontem como hoje: "centro governamental de comando e controlo dos media".

Os media em Portugal são um foco de "capelismo" do pior que há. Se assim não fosse, este caso teria indignado a classe jornalística, da mesma forma que muitos representantes dessa classe se mostraram revoltados contra o novo Estatuto dos Jornalistas, da autoria deste governo de Sócrates, porque segundo eles a liberdade de expressão estava em causa.

Ficámos a saber que para a classe dos jornalistas a liberdade de expressão se resume à sua liberdade. A liberdade do cidadão comum, que não tem visibilidade nos media tradicionais, que não se move por entre a promiscuidade dos meios políticos com os meios jornalísticos, não lhes diz nada.

Estou curioso se esta derrota de José Sócrates será alvo de divulgação nos media tradicionais e em que termos.

Sócrates é fraco, muito fraco, mas potencialmente perigoso. Cresce para os desprotegidos, o cidadão comum, mas encolhe-se perante aqueles, que ocupam o espaço mediático tradicional e que são assimilados, visualmente, entenda-se, pelo povo, que o acusam de factos e de comportamentos muitíssimo mais graves do que aqueles que António Balbino Caldeira o acusou.

Não fora o arquivamente pelo Ministério Público desta acusação torpe e o medo em Portugal alargar-se-ia. Foi contido, mas ainda não debelado.

Há que manter a vigilância e não baixar a guarda.

Nota: Num país normal, esta decisão do Ministério Público tinha consequências políticas. Mas Portugal há muito que deixou de ser normal.

22 de janeiro de 2008

Um Portugal novo

A propósito da lei do tabaco há muito boa gente, mas escassa, que desanca no director-geral de saúde, Francisco George, por este querer fazer cumprir a lei.

Não percebo porquê? Ele é um funcionário, não é político. Se não for o director-geral de saúde a promover e a fazer cumprir hábitos de saúde pública, quem será?

Vivemos um tempo de grandes mudanças e de excesso de regulamentação a propósito de tudo e de nada, que mexe com a nossa vida privada.

As sociedades com vida sempre foram atreitas à mudança. No passado, como no presente. As gerações que assistem à mudança são, como é natural, as mais críticas, porque há algo que lhes é retirado, ou oferecido, depende da visão de cada um.

As gerações posteriores instalam-se num quadro de aceitação normativo que para elas é normal, não conheceram outro e já não questionam o retorno à situação anterior. Irão protagonizar outras alterações que tal como no passado, e no futuro, serão alvo de polémica, de aceitação por uns, rejeição por outros. É normal nas sociedades.

Também gostaria que fôssemos mais livres, detentores de liberdade responsável. Não basta criticar, há que agir.

É nesta inacção objectiva que Portugal está.

Os políticos portugueses, historicamente, sempre fizeram leis "muito bonitas" para não se cumprirem, se não no todo, pelo menos em parte. Havia um contrato social, empiricamente estabelecido,  entre o legislador e o povo, em que cada uma das partes sabia de antemão que havia condescendências à lei. O célebre: "fechar de olhos".

Assistimos hoje em Portugal a uma mudança de paradigma. Os governos, sobretudo este governo de José Sócrates, estão apostados em que não haja quaisquer condescendências no cumprimento da lei. Dirão: "mas há sempre uns que conseguem "contornar" as leis e não são punidos por isso". Sim, é verdade. Assim foi, assim será. Em Portugal, e em todos os países do mundo, em maior ou menor grau. Não é isso que está em causa.

O governo, este governo, ao fazer o uso massivo dos meios comunicacionais, como nunca nenhum até agora tinha feito, começou "a mostar" ao povo, mais concretamente a essa imensa mole humana que é o garante do Estado, ou seja a classe média, que "agora era a doer", e todos os dias é-nos apontado casos de pessoas punidas por não terem cumprido a lei nos mais variados sectores da vida em sociedade. Sectores que todos nós julgávamos mais ou menos impunes. O caso dos impostos é dos mais emblemáticos.

As pessoas amedrontaram-se a sério com o Estado. Pela primeira vez na História de Portugal, o cidadão comum tem medo do Estado e do que este lhe pode fazer se não cumprir a lei.

No tempo da ditadura o cidadão comum não tinha medo do Estado. A regulamentação do Estado em relação à vida dos cidadãos era muitíssimo menor e o Estado estava vigilante era com aqueles que lhe poderiam fazer frente a nível político, não com o povo.  Quem disser o contrário não é sério sob o ponto de vista histórico.

Há uma alteração profunda daquilo que se entende por Liberdade, ou liberdades.

A liberdade política e a liberdade de expressão que foram uma conquista em Portugal, depois do 25 de Abril de 1974, têm hoje, passados mais de 30 anos, como reverso da medalha que as liberdades individuais, de cada um fazer aquilo que quer, sejam menores do que antes de 1974, em nome do bem comum, ou como muitos gostam de dizer: "em nome da liberdade de todos".

A lei do tabaco é uma lei de costumes e  com os costumes podíamos todos nós bem: cada um fazia o que queria e ninguém queria saber se o "vizinho" cumpria ou não. Era do foro íntimo. O Estado convivia bem com  esse "entendimento" da lei. Não se inportunava. Desde que a sociedade se auto-regulasse, queria lá saber se a lei era cumprida na íntegra ou não.

A lei do tabaco seria mais uma lei como as do passado. Não era, e não foi. Mas caso curioso, o Estado, e este governo em particular, ficaram espantados pela aceitação da lei, logo nas primeiras horas, pelo cumprimento rigoroso da lei pelo cidadão comum. O tal povo. O zelo foi tanto por parte do cidadão comum, prenhe pela comunicação social ao serviço do Estado, que até os "zés-ninguém" de outrora desataram a chamar as autoridades quando a lei não estava a ser cumprida.

As próprias autoridades, a quem cabe fazer cumprir a lei, mostraram-se estarrecidas, por este "zelo popular". Não esperavam isto do povo. O inspector-geral da ASAE quando puxou da sua cigarilha sabia muito bem que não estava a cumprir a lei, mas ele pensava que como isto era lei de costumes que a mesma era para se ir cumprindo e como o cidadão comum, na sua cabeça, iria mostrar-se renitente em cumprir a lei integralmente nos primeiros tempos, logo também não havia "perigo" ele não cumprir imediatamente. Mas houve, e isso também o assustou.

As criaturas, hoje, não perdoam ao criador, como no passado. A faca tem dois gumes.

O Estado em Portugal tem hoje caminho aberto para tudo o que quiser fazer. O povo tem medo, está obediente. Só exige que também o Estado cumpra as leis que faz. Se cumprir,  tudo está bem.

Isto é novo em Portugal. Poderia ser uma janela de oportunidade para melhorarmos como povo, como país, como sociedade, se tudo isto não funcionasse na base do medo.

O Estado, mesmo o democrático, gosta de povos amedrontados. Assim, tudo é mais fácil.

Mas, não desesperemos: "Há um tempo para encher balões e um tempo para esvaziá-los". Está na mão dos políticos o grau de enchimento e de esvaziamento. Mesmo os "cordeiros" um dia revoltam-se e os balões rebentam, com maior ou menor estampido, dependendo do grau de enchimento.

A História não acabou. A História repete-se. Para o bem e para o mal.

21 de janeiro de 2008

Água a mais

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Mulher fica cega por beber água a mais.

Quando ouvir os médicos dizer que se deve beber mais água, não vou esquecer esta história.

Tudo o que é demais faz mal. Até a água. Quem diria?

O ditado diz que "a água enferruja e o álcool conserva". Enferrujar não sei, mas lá que pode cegar, pode.

O guru do terrorismo

Em matéria de atentados terroristas, e depois de Portugal ter sido alertado pela "secreta" espanhola como um dos possíveis alvos, há uma pessoa que deve ser ouvida para avaliar do real perigo de essa ameaça se concretizar, e agir em conformidade: Almeida Santos.

Delírios

Devo ser inocente ou estúpido, mas não me importo. A democracia, a verdadeira, a autêntica, reside, por enquanto, na Internet. Será?

Fora do ambiente dos bytes tudo parece tão claustrofóbico, tão cheio de regras, de procedimentos, do politicamente correcto.

Será que os bytes mudarão o mundo dos soundbytes? Espero que sim.

A Internet que começou como passatempo é a última fronteira da Democracia, tal qual foi criada na Grécia Antiga.

Delírios? Talvez. Mas se delírios se trata que nunca acorde para a realidade. Se tal acontecer, estamos feitos.

A espécie humana há muito que está começada, mas não sabemos como acabará. Acabará? Onde? Em que ambiente? Nesta Terra? Fora dela? Neste Sistema? Fora dele?

Até lá, que sejamos dignos da dávida da Vida.

Lutar. Sempre.

Nenhum ser humano, por mais "iluminado" que seja, ou se julge, tem o direito de oprimir o seu semelhante.

Neste tempo que corre, a pior opressão que existe é a de cada um de nós aceitar que há, sempre, um qualquer ser humano que nos é superior. Por isso aceitamos "regras" e "procedimentos" que subjugam a verdadeira essência da Vida. Toda a Vida.

Assusta-me o facto de caminharmos para um paradoxo em que não nos consideramos animais, como os demais.

Quando o Homem perde a noção que é sobretudo Animal, sobra a barbárie. A História diz-nos invariavelmente isso. Teimamos em esquecer.

A superioridade e a arrogância matam e extinguem. Duvidam?

Delírios? Sim. Talvez.

20 de janeiro de 2008

Consulta de pedopsiquiatria

"O tubarão, a Quadratura do Círculo e o jogging nacionalista em Lisboa e no Porto não são lapsos sem consequência. São o produto espontâneo de um cérebro desorganizado e pueril: amanhã Menezes dirá pior e fará pior."

Vasco Pulido Valente, Público, 20.01.2008

Decoro se faz favor

 

No caso do bebé que faleceu, dentro da ambulância do INEM junto ao hospital de Anadia, o Primeiro-Ministro disse: "o próprio pai da criança reconhece que tudo foi feito para lhe salvar a vida".

Este homem ou é muito perigoso ou não mede o que diz. Em ambos os casos não deixa de ser grave.

Acredito que tudo foi feito para salvar a criança e que mesmo com a urgência do hospital de Anadia em funcionamento mais nada poderia ter sido feito.

O problema é que o homem, que pretensamente nos governa, se aproveita de uma afirmação de um pai em sofrimento, para sancionar a política do governo.

E se o pai tivesse dito o contrário, o que diria o Primeiro-Ministro?

Isto cada vez está mais bonito.

Câncio versus Sarkozy, Le parvenu

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Perdi a aposta. A Fernanda Câncio vai a todas, depois admira-se.

Imagina-se a reacção de Fernanda Câncio, se alguém escrevesse  acerca da sua "relação amorosa" com José Sócrates, da mesma forma que ela escreveu sobre as relações amorosas de Nicolas Sarkozy.

Ela bem tem lutado para manter, o mais possível, a sua relação na esfera privada. Mas sabe que isso a prazo é quase impossível.

Vislumbra que o comportamento de Sarcozy abriu um caminho que também pode ir na sua direcção, daí a afirmação: "Tempos inquietantes, de que Sarkozy é o símbolo, o remate que define doravante o jogo – o ponto de não retorno, talvez".

Espera-se a todo o momento que Carla Bruni discorra no jornal Le Figaro sobre o "relacionamento" de José Sócrates com Fernanda Câncio.

Venha ela

"Se aparece uma Maria da Fonte, de saias ou de calças, arranja uma fronda popular, e isso pode pôr em causa um certo consenso nacional sobre a própria democracia."

Manuel Alegre, Público, 19.01.2008

19 de janeiro de 2008

Ota: última esperança

ataque à ponte

José Sócrates disse que a decisão de o aeroporto de Lisboa se situar no Campo de Tiro de Alcochete é preliminar, poderá passar a definitiva dependendo do parecer desse grande visionário que dá pelo nome de Almeida Santos.

A Ota ainda tem hipóteses, se o governo achar que o "estudo" de Almeida Santos é fundamental para a decisão definitiva. Afinal com a segurança não se brinca.

Chegámos à Madeira

Única

A A.S.A.E e a Direcção-Geral de Saúde que se pronunciem.

18 de janeiro de 2008

Produtividade

trabalho

Há por aí umas bestas que acreditam que, no século XXI, a produtividade em Portugal seria mais elevada se os trabalhadores trabalhassem as mesmas horas que os seus antepassados de 1880, por exemplo.

"A Companhia de Papel de Alenquer [em 1880] tinha um horário de trabalho de 12 horas no Verão e 8 horas no Inverno, com serões neste último."

(In A Revolução Industrial em Portugal no século XIX; Armando Castro; pág. 233; quadro G)

CGD paga pouco

Santos Ferreira que, por agora, está aos comandos do BCP, já sabe o que lhe acontece se for "obrigado" a demitir-se antes de tempo. Imagine-se o que lhe estará reservado, e  à respectiva equipa, se o mandato for até ao fim:

"Paulo Teixeira Pinto recebeu 10 milhões à cabeça"

À consideração do senhor Presidente da República.

17 de janeiro de 2008

A namorada de cá

"Num blog onde o seu autor gosta de mandar umas bocas, e onde eu próprio não resisto, por vezes, a também mandar algumas, li há dias o seguinte: «… No dia da entrevista com o presidente venezuelano, Naomi deixou escapar: «O homem com quem eu me casaria um dia deve ser sincero comigo e ter muita energia. Os homens fortes atraem-me».
E o autor do blog remata no seu post, a meu ver a despropósito, que «É tempo de o nosso “engenheiro” desenterrar a namorada e fazer do acontecimento (ou não-acontecimento como ele gosta) um factor de popularidade. Talvez lá mais para perto das eleições. Que tal?».

Tendo um registo e um objectivo diferente nas minhas vistas ao Cinco Dias, daquele que tenho nas visitas que faço ao blog em questão, o qual deliberamente não identifico, não resisti a comentar a parvoíce daquelas passagens do post com este meu comentário: «Não acho, pois tenho (muitas) dúvidas que a “namorada” se deixe “desenterrar”, porque não estou a vê-la no papel de “Cinha”. E, se estiver enganado, será mais uma ingenuidade minha, mas também não seria a última, mesmo em tempo em que as surpresas vão sendo poucas».

E este post da F[ernanda] C[âncio], que eu li já várias vezes, reforça aquela minha opinião.
Sendo estranho esta coisa da blogosfera que nos dá a sensação de que conhecemos melhor certas pessoas que nunca vimos em carne e osso e que nos transporta para uma certa intimidade, que não conseguimos sentir com outras que vemos todos os dias e a quem nunca conseguimos descobrir a alma."

Comentário de João José Fernandes Simões

Este comentário foi feito a um post de Fernanda Câncio, publicado no blogue Cinco Dias.

Como os comentários só são publicados depois da aprovação da autora do post, aqui temos o que Fernanda Câncio fará da sua "relação" com José Sócrates, versus Cinha Jardim com Santana Lopes, em termos mediáticos, nos quais ela se move por força da sua profissão, mas não só.

16 de janeiro de 2008

Já fede

Hoje, cheira mal demais em Lisboa. Meia cidade está impestada. Dizem que os focos de tanto mau cheiro estão localizados junto ao ISCTE e na Câmara Municipal de Lisboa.

Exemplo a seguir

A inflação, mais uma vez, foi superior à anunciada pelo governo. Como o referencial da inflação ditado pelo governo, serve para os aumentos - quando há - dos salários, quer dizer que todos os anos empobrecemos. Está à vista de todos, menos de José Sócrates, que desvalorizou esse constante desvio para mais da inflação.

Mas para que não digam que José Sócrates não se preocupa com o bem-estar do seu povo, segundo a sua imagem e semelhança, lembrou-se de dar um rebuçado: redução do IVA , de 21% para 5%, para a prática de actividades físicas.

Façam como o Grande Timoneiro e serão (mais) felizes.

Fartar vilanagem

O Bloco de Esquerda apresentou uma moção de censura ao governo, que começa hoje a ser discutida no parlamento. Claro que Sócrates não corre perigo de o seu governo cair. A maioria absoluta é uma mais-valia.

Mas há mérito nesta moção de censura, uma vez que Sócrates e os seus sequazes serão obrigados a ouvir e a falar do que não queriam. E mais uma vez, as mentiras serão ditas como verdades eternas.

No meio da miséria económica e social, da qual não há meio de sairmos, o que assusta é a miséria política do país.

O PSD, este PSD, não é alternativa credível ao PS, só deseja ficar com os despojos, se os houver, quando Sócrates, um dia, abalar, para repartir entre os seus.

Quando o país estiver todo delapidado e já não houver nada de substancial para dar e repartir, é que veremos se Portugal tem verdadeiros políticos.

Muitos dos que, ao longo dos anos, usaram a política para ocupar altos cargos na estrutura económica e financeira do país, fogem agora dela, como o Diabo da Cruz, demonstrando qual é a noção que têm de (se) servir (d)o bem público.

 

13 de janeiro de 2008

Verdades inconsequentes

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  • Sócrates não prometeu que não aumentava os impostos;
  • Sócrates nunca mentiu no caso de seu percurso académico, digamos um tudo nada, atribulado;
  • Sócrates nunca prometeu um referendo ao novo Tratado da União Europeia;
  • Sócrates jamais foi pressionado pelos líderes europeus a não realizar o referendo;
  • Sócrates nunca disse que o novo aeroporto de Lisboa seria na Ota.

Faltam 21 meses para as eleições legislativas e, até lá, Sócrates só dirá a verdade do dia, que pode não corresponder à verdade do dia anterior e pode ser diferente à verdade do dia seguinte.

O combate que se impõe


11 de janeiro de 2008

A farsa

Paulo José Fernandes Pedroso, foi condenando, juntamente com o seu advogado, e irmão, João António Fernandes Pedroso, a pagar € 2.500,00 ao autor do blogue Do Portugal Profundo, António Balbino Caldeira, a título de indemnização por danos não patrimoniais.

Esta condenação é uma vitória de toda a blogosfera portuguesa. Paulo Pedroso e o irmão ao intentarem que o blogue Do Portugal Profundo fosse silenciado, bem como o seu autor fosse condenado pelo crime de difamação, por factos inexistentes, conforme o Ministério Público reconheceu, já vieram a público dizer que vão recorrer da sentença, porque, segundo eles, foi o Ministério Público que promoveu o equívoco, e não eles, embora assinassem a queixa.

Pergunta-se: "Se o senhor Paulo Pedroso se acha no direito de intentar uma acção contra o Estado, porque segundo ele, a sua prisão, decorrente do caso Casa Pia, se deveu a erros processuais praticados pela Justiça, tendo para isso apresentando como prova a setença do Tribunal da Relação de Lisboa, que ordenou a sua libertação, já se mostra muito agastado que os "erros" cometidos por si contra inocentes sejam alvo de condenação?

A lógica é a seguinte: se eu peço uma indemnização, a ser paga por todos os portugueses, estes que paguem também a António Balbino Caldeira.

Quando alguém não tem vergonha na cara, julga que todo o mundo é seu. Até um dia.

 

6 de janeiro de 2008

Solidário

Por cá andamos entretidos com a lei do tabaco, mas há que manter a vigilância: mais um bloguista, desta vez saudita, Fouad al-Farhan, foi posto atrás das grades.

Dirão uns: "vindo do regime saudita não é de estranhar." Mas quantos, também por cá, não gostariam que o mesmo acontecesse a alguns congéneres portugueses?

O seu blogue pode ser visitado em: www.alfarhan.org

Nada a esconder

 

Enquanto Nicolas Sarkozy e a sua namorada, Carla Bruni, fizeram tudo para que as suas férias natalícias, e o seu romance, fossem o mais possível divulgados por esse mundo fora, já José Sócrates e a sua putativa namorada, Fernanda Câncio, fazem tudo ao seu alcance, e não é pouco, para que as suas férias e o seu romance não sejam publicitados e comentados, não se esquivando esta última de "lançar os cães" aos jornalistas, seus colegas, que se atrevem a referir-se a si, como namorada de José Sócrates e às férias em conjunto, casos do Correio da Manhã e 24 Horas.

Aposto que Fernanda Câncio não irá comentar o caso mediático Sarkozy-Bruni, quer no Diário de Notícias, quer no seu blogue, Cinco Dias, sob pena de se virar o feitiço contra o feiticeiro. Vai uma aposta?

Década triste: alhos e bugalhos

Ainda e sempre a Pedofilia.

José Pacheco Pereira na sua crónica semanal no jornal Público, publicada ontem, afirma, no seguimento da análise que faz da sociedade portuguesa dos últimos dez anos, e quais as "cenas" que farão parte do seu "arquivo da década triste", que, uma dessas "tristes cenas" será a "entrada em cena da pedofilia como crime máximo, crime dos crimes, [que] trouxe para uma ribalta iluminada por uma luz muito negra a criança como símbolo máximo da violência e da disfunção da sociedade, como alvo do Mal absoluto".

Dá exemplos com os casos: Casa Pia, Joana, Maddie, Esmeralda. Pacheco Pereira mistura crime de pedofilia com crimes cometidos sobre crianças que nada têm a ver com pedofilia. Até ao momento só temos a certeza que o caso Casa Pia foi, daqueles que escolheu como exemplo, o único em que  se cometeram crimes de pedofilia.

Esta mistura não é ingénua e Pacheco Pereira não é o único a misturar tudo para criar "cortinas de fumo".

É preciso dizer, alto e bom som, que há na sociedade portuguesa, sobretudo, e principalmente, nas "pretensas elites intelectuais" grande repulsa que a Pedofilia seja considerada crime, nos termos em que o é.

Há muita gente que faz parte das gerações que têm mais de 50 anos de idade que, não aceita de bom grado que a criança seja vista como "ser humano" a 100%, e que seja detentora dos mesmos direitos que gozam os demais "seres humanos", estes sim "completos".

Há uma corrente que entende que se as crianças necessitam da protecção e cuidado dos adultos, então não se lhes pode conceder os mesmos direitos que são concedidos aos adultos.

Há outra corrente, ainda mais perversa e demente, que se resume ao facto de considerar que são as crianças que se oferecem aos adultos.

Antes do caso Casa Pia, a pedofilia, em Portugal, era vista pelos poderes como crime menor e desculpável: "as crianças ofereciam-se, pois então".

Quem nunca ouviu, antes de Novembro de 2002, histórias contadas, em círculos mais ou menos restritos, muitas vezes na primeira pessoa, de encontros sexuais com crianças, do sexo feminino, como troféus de caça, independentemente do que os seus interlocutores pudessem pensar sobre essas revelações?

Os encontros com rapazes só eram exibidos como troféus de caça na medida em que a audiência também tinha as mesmas tendências.

Neste ponto as classes mais baixas e as mais altas têm muito em comum na forma de pensar.

Há muita gentinha, ainda hoje, com saudades desse tempo, ou seja, das "décadas alegres", em inglês " gay decades".

1 de janeiro de 2008

Afirmação

Em 2008, quero dizer, sem medo, que sou Português, que gosto e tenho orgulho de ser Europeu, que ser e pertencer à civilização ocidental é estar na vanguarda da Humanidade.

Não troco nada disto para ficar bem na fotografia.

Nos tempos que correm, pode parecer provinciano afirmar isto, mas não é.

As caricaturas de Maomé em 2007, na Dinarmarca, e o assassinato de Benazir Butho ao findar do ano transacto, obrigam-me a proclamar isto, por muito que custe a alguns dos "bem-pensantes" do tempo que discorre.

Neurónios

Isto da Internet ser, ainda, verdadeiramente democrática é uma coisa que há que pôr cobro, quanto antes.

Caso contrário, já não quero "brincar", senão, como brilho?

Bissectrizes

 

Os "Gato Fedorento" fizeram a Passagem de Ano em directo na RTP 1, no tal canal: o público.

Os "Gato Fedorento" são inteligentes, sobretudo Ricardo Araújo Pereira, que sabe o terreno que pisa.

Ainda não vi nenhum dos nossos intelectuais de "trazer por casa" atrever-se a dizer mal deles. Imagino porquê.

Se algum deles não fosse licenciado, seria fácil trucidá-los, mas como todos são licenciados e Ricardo Araújo Pereira é uma pessoa culta, acima da média, e, sobretudo, têm uma vida pessoal "recomendável", é-lhes penoso entrar por caminhos que, embora eles não trilhem, não têm pejo em propagandear aos quatro ventos.

É mais fácil descarregar a bílis no Herman José - pese embora o facto de ele próprio acreditar que está na "mó de baixo" por causa do caso "Casa Pia", o que demonstra que afinal ele é mesmo estúpido e não percebe, ou não quer perceber, o que lhe está a acontecer - porque Ricardo Araújo Pereira contraria tudo o que esses mentores prodigalizavam para a geração pós 25 de Abril de '74.

Nem tudo está perdido.

Será desta?

  • Que o julgamento do "Caso Casa Pia" de 2002 chegará ao fim?
  • Que José Sócrates será, suficientemente, homem para enfrentar António Balbino Caldeira, olhos nos olhos, perante a acusacão que lhe moveu?
  • Que Portugal conseguirá sair da mediocridade em que está mergulhado?
  • Que os portugueses serão dignos da sua História?
  • Que a corrupção e o compadrio não serão, mais uma vez, palavras vãs?
  • Que os portugueses deixam de ser manipulados?
  • Que teremos uma classe jornalística que pensa?

Oxalá todos nós sejamos dignos de ter nascido.