31 de outubro de 2009

Coitadinhos dos impolutos

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Acho graça que comentadeiros, blogueiros e quejandos se mostrem incrédulos por Armanda Vara pedir € 10.000,00 por causa de uns favores, a um sucateiro.

Dizem estes seres que Vara ganha milhões e não se iria sujar por uma quantia tão reles.

Na cabeça desta gente se Vara pedisse 10 milhões de euros a coisa já era de acreditar.

Mas esta gente que se faz de parva, e quer tomar-nos por parvos, acha que lá por Vara ganhar milhões, teria que ser ele a pagar a terceiros os favores que lhes pedia em nome de um sucateiro?

Ao pé da cabeça de Luís Delgado, Helene Roseta, Ricardo Costa e outros, Vara é um génio.

29 de outubro de 2009

A Coisa da Morte

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Faleceu ontem uma criança de 10 anos que tinha gripe A. O corpo será autopsiado amanhã, para confirmar se a morte foi devida unicamente à gripe A, ou se haveria alguma doença desconhecida onde o vírus encontrou campo fértil.

Pai e madrasta da pobre criança, andam desde ontem, com a conivência e aprovação da comunicação social, a protagonizarem o que de mais abominável se pode esperar quando um ser humano morre: falta de respeito.

Os directos, a partir da rua, em que o pai recebe o diagnóstico do médico por telefone a confirmar a gripe A, passando pela casa da criança, à meia-noite, e hoje de manhã, na cena de comício da madrasta à porta da escola onde o enteado estudava, levam-me a crer que a dor do desaparecimento daquela criança para aquela família manifesta-se através do espectáculo comunicacional.

O espectáculo até poderia existir, como é hábito, infelizmente, mas depois do funeral.

Já agora, alguém sabe se a criança tem mãe? Uma mãe de verdade, na hora da morte de um filho, não anda a correr atrás das televisões.

Ainda me falta saber se os directos são pedidos pelo pai e madrasta ou se são as televisões a proporem-lhes.

Tudo um nojo.

Que aquela criança descanse em paz.

19 de outubro de 2009

13 de outubro de 2009

Jornalismo de Latrina

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Ontem, no programa da Fátima Campos Ferreira, o denominado "Prós & Contras", em que se debatia a plantação, ou semeadura, de notícias nos jornais portugueses, só veio confirmar uma convicção que eu já tinha de há muito tempo: em relação aos jornais portugueses, só acredito na página de necrologia. De facto, aqueles morreram e leio atentamente não vá alguém meu conhecido finar-se e eu não ter sido informado por via directa.

Quanto ao mais, fiquei com a certeza que o provedor da RTP, Paquete de Oliveira, além de exercer um cargo para o qual não tem a mínima capacidade, veio a terminar o programa com uma tirada que demonstra o que para ele é jornalismo.

Quando Henrique Monteiro, director do "Expresso", afirmou que ele tinha 30 e tal anos de jornalista na área política e o Marcolino tinha começado como jornalista na área desportiva, e por lá andou até há poucos anos, Paquete de Oliveira insurgiu-se contra o facto de Henrique Monteiro fazer essa distinção, como se isso não contasse para nada.

Conta e muito, Marcolino sabe muito bem que no jornalismo desportivo aquilo que ele fez no "Diário de Notícias" nunca teria as repercussões que teve, ao delatar fontes internas de um jornal concorrente, envolvendo as mais altas figuras do Estado.

Quando muito incendiava o mundo do futebol, coisa corriqueira todas as semanas na imprensa desportiva portuguesa.

Marcolino e Paquete de Oliveira estão bem um para o outro, eles mais uma vez confirmam que futebol e política no jornalismo português é uma e a mesma coisa.

Ainda vamos ver o Marcolino na RTP e o Paquete como provedor do "Diário de Notícias". Merecem-se.

2 de outubro de 2009

A importância de um f.

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É por isto que "ela" não pode casar-se com Sócrates.

Imaginem as reacções se, por hipótese absurda, Maria Cavaco Silva, fosse da mesma estirpe, e dissesse um décimo do que esta "senhora" diz, sobre o seu namorado.