27 de junho de 2009

A Agonia da Bucha

Para além dos muitos afazeres pessoais e, confesso, por cansaço psíquico com a figura de José Sócrates e da pandilha do PS sócratico, por vezes faltam-me forças para escrever tal é o pesadelo em que o país mergulhou.

Eu não me lembro de na História de Portugal alguma vez, ter existido um homem à frente do governo do país que ao mesmo tempo aliasse incompetência, falta de cultura mínima, de princípios, de ética, de relação impossível com a verdade, de falta de densidade democrática – a democracia pratica-se dia-a-dia, não se apregoa – com perfídia e atos de pura maldade para com os portugueses e o destino da nação, como José Sócrates.

Ele consegue conjugar em si, e sobre si, tudo o que é de abominar num homem de res publica.

Portugal, invariavelmente, nunca teve grandes políticos de visão estratégica e 100% impolutos, mas sendo medíocres nalgumas áreas da governação, havia outras onde se destacavam pela positiva e o povo dividia-se no apoio ou na censura ao governante, apoiando-se uns naquilo que achavam positivo e outros nos aspetos que consideravam negativos. Sempre assim foi, não fosse a chegada de Sócrates.

Sócrates ao querer a todo o custo, e por todos os meios, fazer crer que é um homem sem defeitos, impoluto e imaculado, só obteve junto dos portugueses o efeito contrário. O povo por vezes faz-se de parvo, mas há um limite racional e tolerável para que um parvo por mais que o seja, não reaja contra quem todos os dias lhe diz: “Vocês são parvos e assim se manterão até eu querer”. Da mesma forma que a matéria, os humanos também têm o seu limite de resistência, e tal como um serial killer na sua vertigem de matar tudo o que se mova à sua frente, mesmo sabendo que isso fará com que seja capturado mais cedo, Sócrates corre em direção ao abismo que nós sabemos que está à nossa frente, mas que ele insiste em levar-nos, prometendo-nos que é um precipício que nos conduzirá ao paraíso. Esta demência faz-me lembrar aquelas seitas fanáticas que existem nos Estados Unidos da América e no Japão e que todos sabemos, a ver pelo passado, a que lugar conduz.

Tivesse este homem densidade intelectual, política, filosófica e fosse ele um grande ator que conseguisse na perfeição decorar o papel que todos os dias tem que declamar no enorme palco que lhe foi montado e, não enfiando “buchas”*, nós estávamos em grandes sarilhos.

O futuro irá demonstrar que, para além do péssimo ator que escolheram para fazer o papel principal, por muito bom que ele fosse, não contaram com a força da sociedade de informação do século XXI e das suas potencialidades. Não é só em países como o Irão que se observa a força de cidadãos livres e sem amarras que através da Internet e das suas ferramentas conseguem interagir com os demais, contrariando aqueles que os intimidam, ameaçam e perseguem, no nosso caso com os chamados métodos “democráticos”. Quando um dia se fizer a história da comunicação social portuguesa durante o consulado socrático, com raras exceções, ela será mais negra do que durante o Estado Novo, porque hoje não se podem desculpar com o lápis azul e com a PIDE.

Sócrates não se apercebeu que a cria, que tanto acarinhou, matou o criador: ao massificar o acesso à sociedade de informação. Felizmente para nós.

Sem a sociedade de informação a história do período socrático seria outra e possivelmente não estaríamos agora a assistir ao seu estertor desnorteado e agonizante em que tudo e todos correm sem rumo e direção, atropelando-se uns aos outros enquanto o palco está a arder.

A crise internacional que atravessamos, e que em Portugal por via da que já existia antes desta, só veio agravar as condições de vida deste povo que não merecia tal sorte. Mas como se costuma dizer: “Deus escreve certo por linhas tortas”. Quem sabe se a crise internacional não veio dar uma ajuda decisiva para que nos vejamos, em breve, livres deste grupo de teatro tenebroso que nos tem asfixiado desde 2005?

Tal como aqueles que com a queda do Muro de Berlim diziam que estávamos a assistir ao fim da História, é caso para dizer que os portugueses não deixarão que Sócrates e tudo aquilo que ele representa e encarna neste PS, aniquilem Portugal de vez.

* Nome utilizado na gíria teatral, quando um ator utiliza palavras ou frases durante a representação teatral que não estão no texto original, que se pode dever  a esquecimento ou porque o ator pretende criar mais impacto junto do público.

25 de junho de 2009

Fruta ó Chocolate?

A Câncio de Sócrates, afirma que não gosta da política de Berlusconi, porém, está contra as investigações judiciais só porque o homem promova festas na sua casa em que putas finas e droga eram coisa comum. Por mim também nada a opor, desde que Berlusconi não tenha cometido nenhum crime nem utilizado dinheiros públicos para as ditas festas.

Eu também preferia que o primeiro-ministro do meu país estivesse metido em assuntos de costumes do que em assuntos de corrupção de estado.

Gostos.

8 de junho de 2009

Saúde intestinal

Uma telespetadora no fórum da TVI24, que vota PS, afirmou que a saúde em Portugal melhorou muito em Portugal com o senhor Sócrates, disse que melhorou 95% (sic), e dá um exemplo: “Dantes eu tinha que me apertar para não fazer as necessidades nas casas de banho do hospital de Santa Maria, tal era o estado imundo das mesmas. Hoje não, as casas de banho são muito asseadas e têm papel higiénico em quantidade”.

Ou seja, segundo a votante PS, o contributo de Sócrates para melhorar a saúde resume-se a uma evacuação do intestino grosso em boas condições.

A crise das costas largas

Curioso, ou talvez não, mas os comentadeiros de serviço só referem que Sócrates perdeu as eleições europeias por causa da crise. A crise tem as costas largas em Portugal. Na Alemanha, Itália, Franca, Holanda, as costas tem um tamanho, digamos, M, mas por cá a propaganda quer que acreditemos que o tamanho é XXL.

Quantos não terão votado em Sócrates por causa das “suas” promessas não cumpridas, do caso muito nebuloso da “sua” licenciatura, dos “seus” projetos de engenharia, do “seu” Freeport, do “seu” consecutivo  e diário ataque à liberdade de expressão, do “seu” ódio ao Público e à TVI,  da sua vacuidade de pensamento político e intelectual, etc.

A comunicação social domesticada pela máquina de propaganda socialista nem se atreve a pensar alto qual o peso da “relação difícil com a verdade” na estrondosa derrota do “Querido Líder”.

Mais do que a crise, foi o facto de os portugueses acharem que Sócrates tem demasiados casos no seu percurso, muito mal, ou nada, esclarecidos.

Para Sócrates e a sua pandilha convém dizer que a derrota deveu-se à crise. Mais uma mentira. A derrota deveu-se há falta de verdade, ao encobrimento da corrupção de estado e há cobertura política e judicial dos grandes corruptos e pedófilos de estado.

Esperança

As eleições europeias de ontem em Portugal devolveram a esperança ao país. Tal como disse anteriormente, era minha intenção votar em branco, mas no sábado decidi que iria votar PSD e em Paulo Rangel, particularmente.

Sócrates averbou uma derrota estrondosa, a sua máquina de propaganda comandada pelo seu alter-ego Santos Silva não conseguiu os seus objetivos, mas não tenhamos ilusões: eles estão em pânico e até Outubro vão olear a máquina e como a tática da “roubalheira” não funcionou, vão lançar mão de técnicas mais subtis, mas não menos sórdidas.

A vitória do PSD tem que ser lida com cautela. Os portugueses que votaram PSD disseram que confiam no partido, mas que se quiserem ganhar as próximas eleições legislativas, Manuela Ferreira Leite terá que se ver livre das maças podres que o partido tem no seu núcleo duro e de uma vez por todas desmarcar-se daqueles que pela sua ação ou inação fizeram favores se não mesmo lutaram ao lado de Sócrates contra o PSD.

Mas estas eleições foram notáveis a muitos títulos. A comunicação social e as sondagens tiveram uma derrota estrondosa.

As sondagens e sobretudo a Eurosondagem estão desacreditadas por muitos e longos anos.

Mário Soares perdeu mais uma vez e Almeida Santos e o seu: “meus Deus é um professor de Coimbra com provas dadas” que é o mesmo que dizia que o aeroporto deveria ser na Ota por causa de um atentado terrorista na margem sul, perderam a noção do tempo e por uma questão de higiene cívica deveriam calar-se de vez.

Vital Moreira, que se achava um homem fora de série, sai destas eleições humilhado e sem capital futuro, nem como professor. A fabricada agressão e a roubalheira foram-lhe fatais. Vital Moreira ao colocar-se ao serviço da máquina de propaganda socialista assinou a sua sentença de morte política.

Quanto a Sócrates, vamos assistir a uma transformação que visa amaciar os eleitores que votaram contra ele e sobretudo os que se abstiveram, fazendo crer que sem o PS o país ficará ingovernável.

Mentiroso como é, embora ninguém acredite nele, precisa de amedrontar e chantagear o eleitorado, porque ele sabe que é a única forma que tem para ir aguentado que a bolha dos casos da sua vida rebente com grande estrondo e que o remeta para o local onde moram aqueles que os povos se envergonham em admitir de como foram capazes de eleger figura tão sinistra.

Foi entreaberta uma porta de esperança, há que lutar todos os dia e todas as horas contra a máquina socialista na comunicação social, contra os comentadores políticos a soldo e sobretudo atentos àqueles que se dizem PSD e tudo fazem para destruir o partido e que agora que já lhes cheira a poder vêm a correr para terem um lugarzinho à mesa. Manuela Ferreira tem agora toda a legitimidade para jamais incluir nas listas dos candidatos a deputados os que lhe fizeram, diariamente, oposição encarniçada, começando por esse eterno jovem, Pedro Passos Coelho.