11 de janeiro de 2008

A farsa

Paulo José Fernandes Pedroso, foi condenando, juntamente com o seu advogado, e irmão, João António Fernandes Pedroso, a pagar € 2.500,00 ao autor do blogue Do Portugal Profundo, António Balbino Caldeira, a título de indemnização por danos não patrimoniais.

Esta condenação é uma vitória de toda a blogosfera portuguesa. Paulo Pedroso e o irmão ao intentarem que o blogue Do Portugal Profundo fosse silenciado, bem como o seu autor fosse condenado pelo crime de difamação, por factos inexistentes, conforme o Ministério Público reconheceu, já vieram a público dizer que vão recorrer da sentença, porque, segundo eles, foi o Ministério Público que promoveu o equívoco, e não eles, embora assinassem a queixa.

Pergunta-se: "Se o senhor Paulo Pedroso se acha no direito de intentar uma acção contra o Estado, porque segundo ele, a sua prisão, decorrente do caso Casa Pia, se deveu a erros processuais praticados pela Justiça, tendo para isso apresentando como prova a setença do Tribunal da Relação de Lisboa, que ordenou a sua libertação, já se mostra muito agastado que os "erros" cometidos por si contra inocentes sejam alvo de condenação?

A lógica é a seguinte: se eu peço uma indemnização, a ser paga por todos os portugueses, estes que paguem também a António Balbino Caldeira.

Quando alguém não tem vergonha na cara, julga que todo o mundo é seu. Até um dia.

 

5 comentários:

Kaos disse...

Amigo Paulo:
Foi realmente uma vitória para a blogosfera e para a verdade. Pena é que continuem a existir aqueles que não desistem de encher a barrica à nossa custa
Muito provavelmente vou roubar este texto para publicar lá no jardim. Espero que não te importes
um abraço

Paulo Carvalho disse...

Caro Kaos

Podes "roubar" à vontade.

Um abraçp

Anónimo disse...

Exactamente! Eu próprio não o diria melhor. :)

Laurentina disse...

OLHA E EU POR CAUSA DAS DÚVIDAS TAMBÉM JÁ TO ROUBEI E PUBLIQUEI NA MINHA MACHAMBA...
ESSA CORJA TEM QUE APRENDER QUE ISTO NÃO É O BANANAL DA TIA DELES!!

BEIJÃO GRAMDE

António Balbino Caldeira disse...

Caro Paulo

Nas horas certas que são as duras estás - tu, com quem nunca falei ainda - estás sempre comigo e com as lutas justas que esticam a fibra rija. Por isso, estou-te ainda mais obrigado, rendido ao apoio fraterno que na blogosfera ainda juntamos.

De propósito evitei dar mais comentário do que a sentença crua, que não consente nuances nem admite desculpas: a sentença é a determinação da culpa que garante a réstea possível de liberdade de expressão num país que têm feito ainda mais pobre e aflito.

Por isso, nestes episódios de um jogo com cartas marcadas por quem as dá e tira, as vitórias parciais têm de ser conjuradas na acção decisiva. Adiante!