7 de agosto de 2007

Antes que seja tarde

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Enquanto nós por cá andamos entretidos com a não recondução de Dalila Rodrigues, no cargo de directora do Museu Nacional de Arte Antiga, com os novos episódios da novela McCann, passada na Praia da Luz, e com o duelo Menezes-Mendes, há quem esteja nas nossas barbas, ou seja o Primeiro-Ministro, José Sócrates, que neste semestre também é Presidente em exercício da União Europeia, a mexer todos os cordelinhos para que o monstro do Zimbabué, Robert Mugabe, ponha as "patas" em Portugal, por forma a que a cimeira União Europeia-África tenha lugar, em Dezembro próximo, em Lisboa.


Os nossos bem pensantes e a oposição não querem saber deste gravíssimo atropelo aos Direitos Humanos que o nosso governo se prepara para cometer, ao deixar que esse criminoso entre em Portugal, em nome dos 27 da União Europeia, e dos "altos" interesses políticos e económicos da Europa. Eu ainda não percebi qual é o interesse desta vassalagem por parte da Europa a África e ao monstro do Zimbabué. Mas não é a África que precisa mais da Europa? Ou será que, mais uma vez, o complexo colonialista europeu se faz sentir?


Os portugueses quando acordarem, se acordarem, será uma semana antes do facínora aterrar em Lisboa, mas aí será tarde demais.


Pelo contrário, no Reino Unido há quem já esteja a movimentar-se para que ao carniceiro Rober Mugabe não seja permitida a entrada em Portugal, logo na Europa. É o caso de Malcolm Rifkind (Ministro de Estado para a África, entre 1983-1986, e Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, entre 1995-1997, do Reino Unido) que, num artigo publicado no Financial Times, propõe que Gordon Brown, Primeiro-Ministro britânico, não venha a Lisboa caso Robert Mugabe esteja presente.


Se nós não temos vergonha, nem um governo de, e com, princípios, para impedir que esse ser entre em Portugal, então que o Reino Unido tome as dores do povo português e faça abortar a cimeira para que não tenhamos o desgosto de respirar o mesmo ar.


Já chega ficarmos para a História com a "Cimeira das Lajes". A propósito, se por ventura o Presidente americano, George Bush, viesse a Portugal, alguém duvida das movimentações da "nossa esquerda" e dos "nossos intelectuais" contra essa visita? Depois querem ser levados a sério.

1 comentário:

José António Borges da Rocha disse...

Amigo Paulo: NÃO ME DIGA QUE ESTRANHA ESTA ATITUDE DE PORTUGAL?

Isto é Portugal no seu melhor?
Um País que se DIZ SOBERANO para receber um Ditador Facínora da pior espécie, no entanto é o MESMO PAÍS que para receber o DALAI LAMA (como sabe uma personalidade ÍMPAR) teve de o fazer às "escuras" e sem qualquer pergaminho oficial...

Porque será que Portugal é assim?

Em rigor Portugal (o Povo Português) não é assim, é antes ASSIM GOVERNADO...

Como sempre demora tempo a acordar: mas quando o fizer estou convencido QUE NÃO PERDOARÁ...

saudação