22 de agosto de 2007

Ó da guarda!

Há cerca de dois meses um agricultor, da região da lezíria do Carregado, atingiu mortalmente a tiro um indivíduo por este ter ido "tirar" um melão ao seu meloal. O agricultor justificou-se dizendo que já andava desesperado por ser constantemente roubado. Outros agricultores vizinhos corroboraram as afirmações do seu colega, e ao mesmo tempo disseram que eles próprios também eram alvo de roubos constantes dentro das suas propriedades agrícolas.

O agricultor foi detido e encontra-se em prisão preventiva, e bem.

Pergunta-se: se o agricultor proprietário do campo de milho transgénico vandalizado em Silves, pelo grupelho eco-anarca "Verde Eufémia", possuísse uma arma consigo e se aquando da invasão e destruição da sua propriedade tivesse atingido mortalmente algum "jovem", "adolescente" - vamos a ver aquilo eram crianças, logo inimputáveis - como teriam agido os agentes da GNR presentes no local?

Hipóteses:

1. Deixavam que o agricultor fosse linchado pelos restantes elementos do grupelho, e só depois, se alguém se queixasse que tinha ocorrido um assassinato, a GNR  iria proceder a investigações?

2. Abatiam imediatamente o agricultor, por forma a que eles próprios, agentes da GNR, não fossem linchados pelos elementos do "Verde Eufémia", por nada terem feito perante a queda de um dos seus?

3. O agricultor era imediatamente detido pela GNR, ao mesmo tempo que a força policial tomava medidas para que a integridade física do agricultor não fosse posta em causa, e dessa forma teríamos o primeiro mártir ambientalista português?

Façam as vossas apostas?

No meio da desastrada actuação da GNR, do governo, e desses mariolas que não sabem o que é  trabalho, houve unicamente uma pessoa que, pela sua actuação e bom senso, deu uma chapada de luva branca à  pretensa autoridade do estado e ao governo, de seu nome:  José Menezes, o agricultor.

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