15 de fevereiro de 2009

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"A conclusão a que chegamos é que o Dr. Santana Lopes não tem jeito para primeiro-ministro", atirou Sócrates ao actual líder parlamentar do PSD a 17 de Novembro de 2004.

Nesse debate, Sócrates acusou o Governo de Santana de interferir ilegitimamente na comunicação social, acrescentando mesmo que esse Governo esteve na origem do afastamento do ex-líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa dos seus comentários semanais na TVI.

"Fez Portugal regressar aos tempos em que havia condicionamento da liberdade de expressão. Peço-lhe, senhor primeiro-ministro, que resista à tentação de um controlo da comunicação social. Não vá por aí, porque nós cá estaremos para evitar essas tentações", declarou Sócrates.

Horácio Costa, antigo vereador da Câmara de Felgueiras e arguido no processo do "saco azul", admitiu, em declarações ao DN, arrolar José Sócrates como testemunha para o julgamento. Caso seja admitido, o primeiro-ministro dispõe da faculdade de responder por escrito.

Ao DN, Horácio Costa justificou tal posição, afirmando que "em devido tempo" enviou "cartas a José Sócrates e Jorge Coelho a denunciar a situação do alegado 'saco azul' da Câmara de Felgueiras. Por isso, o actual primeiro-ministro poderá esclarecer em tribunal qual o rumo que deu a tais missivas."


Horácio Costa diz que as cartas enviadas constam dos autos do processo que aguarda a marcação da data para o início do julgamento. Mas, do que se recorda, "aqueles a quem foram endereçadas nem sequer as enviaram à Procuradoria-Geral da República". Por isso, sustenta, que há uma "omissão de acção".

Ontem [22 de Março de 2006] , à saída do Tribunal de Fafe, que condenou Fátima Felgueiras por um crime de difamação sobre o ex-vereador, Horácio Costa disse aos jornalistas que percebia os recados de Fátima Felgueiras a José Sócrates. "Quando José Sócrates foi secretário de Estado do Ambiente, Fátima Felgueiras era presidente da câmara e terão ocorrido coisas com aterros sanitários que ela sabe e poderá fazer uso."

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