3 de fevereiro de 2009

Freeport ou o Ensaio sobre a Cegueira

Começámos bem o ano de 2009 com o chiqueiro do Freeport, ou como se oi dizer no vocabulário sócretino (inglês técnico): “freepór”, e ontem assistimos à publicidade do detergente do “(hu)Omo”, que lava sempre mais branco, no programa Prós & Contras da RTP1.

No altar, do lado esquerdo, estava aquela criatura asquerosa que dá pelo nome de Rui Gonçalves, e que a D. Fátima começou por tratar por “dr.”, tendo o mesmo corrigido por: “eng.º”. Há que transmitir que entre ele e o líder a sintonia é a mais completa possível.

A criatura tinha ao seu lado o sr. Inocêncio, com um “look armanizado”, em contraste com a sua primeira aparência na SIC.

Não dizem que “uma imagem vale mais que mil palavras”? Pois bem, vi como os dois estavam feitos com o discurso que cada um proferia. Ouvi um texto repetido e decorado ad eternum pelos dois. Repararam que de cada vez que um falava olhavam entre si ou assentiam com a cabeça, não fosse algum deles esquecer-se do texto e estragar a peça?

Do lado direito, do mesmo altar, estava o dr. Júdice e as suas cabalas já por demais conhecidas desde os tempos do caso Casa Pia e lá estava, como sempre, o incorruptível Saldanha Sanches, o tal que avisou Ferro Rodrigues que o seu nome constava no processo Casa Pia, conforme este disse em tribunal e que nunca foi desmentido pelo visado.

E vi um Raposo Subtil que não conheço de lado nenhum, mas deve ser pessoa importante, pois se estava no altar e disse as maiores sócretinices da homília, é porque aspira à beatificação pelo regime.

Outro pormenor curioso que a “nossa” RTP tentou ao longo do programa ocultar foi a assistência no teatro Armando Cortez, mas deu para ver quase no fim, que tirando a primeira fila, onde estavam os únicos “não-socretinos” da homília, mas por isso mesmo sem credenciais para ascender ao altar, que as últimas filas estavam desertas e o resto dos lugares eram ocupados pelos residentes do lar da Casa do Artista.

Como uma amiga minha disse-me: “Sócrates há-os em todo o lado em Portugal” e  todos convivem bem com isso desde que não apareçam uns “bifes”  e uma família Kusturica para estragar a festa.

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