25 de julho de 2007

O maior

O Primeiro-Ministro, José Sócrates, acabou de dar uma entrevista à SIC e mais uma vez fez passar a mensagem de que os outros é que estão errados nas suas apreciações. Ele é que está certo. Tudo o que faz é isento de erros. Que os indicadores económicos falam por si. Se na visão de José Sócrates, o país progride economicamente, então a sua acção e conduta são as mais correctas.
O homem é eminentemente tecnicista. A técnica sobrepõe-se à política. Ele usa a política para exercitar a técnica.
Não se interroga a si próprio por que surgem todos estes casos de asfixia democrática e de condicionamento da liberdade de expressão. Disse que Manuel Alegre com o seu artigo de opinião, publicado, hoje, no jornal Público, não trouxe nada de novo. Que as críticas que Manuel Alegre lhe dirige, e ao seu governo, são as mesmas que o poeta ja tinha feito no passado a Mário Soares, e a Cavaco Silva.
Hoje, o PS, pela boca de José Sócrates, elogiou os governos de Cavaco Silva, ao menosprezar as críticas que o seu partido fazia à época. Amor com amor se paga.
Mas nem tudo o que disse foi negativo. O juízo que formulou sobre a situação que se está a passar na Madeira, com a recusa do Governo Regional em aplicar a Lei do Aborto, foi correcto. E tem razão ao dizer que Marques Mendes e Paulo Portas já deveriam ter criticado a conduta de Alberto João Jardim e exigir que a legalidade democrática seja cumprida em todo o país.
Portugal não tem ninguém, na classe política actual, melhor que Sócrates e isso é profundamente angustiante. Que triste fado o nosso.

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