25 de abril de 2010

Quando o real se sobropõe ao significado

Hoje, há 36 anos prometeram-nos um país melhor, com liberdade, com respeito pelas diferenças, um país mais instruído, um país de oportunidades para todos. Um país mais evoluído economicamente e socialmente.

Estávamos em 1974 e a comparação fazia-se com a Europa democrática.

Hoje, estamos melhor do que estávamos em termos materiais, sociais e políticos.

Mas se isso é palpável e mensurável para quem viveu antes e depois de Abril de 1974, o mesmo não se poderá dizer das gerações que não viveram na carne a revolução e por muito que ouçam e aprendam com as gerações anteriores, para estas, e sobretudo para a geração que hoje tem entre os 18 e os 35 anos de idade, começam a sentir que Portugal começa a definhar por comparação com aquilo que já tiveram depois de Abril de 1974.

Parece que com isso ninguém se importa, é que, tal como as gerações de 1974 comparavam Portugal com a Europa além Pirenéus, hoje a comparação faz-se entre o que temos e o que já tivémos e simultaneamente com o que os outros europeus ainda têm.


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