Pedro Santana Lopes ao recusar-se a prosseguir a entrevista à SIC-Notícias, depois de ser interrompido para se ver a chegada de José Mourinho ao aeroporto de Lisboa, mostrou que é assim que se tratam os rapazolas aprendizes de jornalismo. A reacção da SIC-Notícias à acção de Pedro Santana Lopes só mostra a porcaria que querem à viva força que o povo consuma. Pedro Santana Lopes mostrou fibra e carácter e sobretudo que não é mal educado nem arrogante. Parabéns. Não sei porquê, à medida que se observa o que vai pelo interior do PSD e José Sócrates pelas suas acções e comportamentos, ou a falta destes, mostra de que é feito, mais Pedro Santana Lopes, o homem, se eleva.27 de setembro de 2007
Habituem-se
Pedro Santana Lopes ao recusar-se a prosseguir a entrevista à SIC-Notícias, depois de ser interrompido para se ver a chegada de José Mourinho ao aeroporto de Lisboa, mostrou que é assim que se tratam os rapazolas aprendizes de jornalismo. A reacção da SIC-Notícias à acção de Pedro Santana Lopes só mostra a porcaria que querem à viva força que o povo consuma. Pedro Santana Lopes mostrou fibra e carácter e sobretudo que não é mal educado nem arrogante. Parabéns. Não sei porquê, à medida que se observa o que vai pelo interior do PSD e José Sócrates pelas suas acções e comportamentos, ou a falta destes, mostra de que é feito, mais Pedro Santana Lopes, o homem, se eleva.21 de setembro de 2007
Lágrimas de sangue
14 de setembro de 2007
O valor da vida
13 de setembro de 2007
Obrigado Scolari
Os portugueses são muito sui generis. Luiz Felipe Scolari, treinador da selecção nacional, foi até ao momento, de longe, o melhor treinador que a equipa das quinas alguma vez teve. Os sucessos falam por si. Hoje a equipa portuguesa é temida por todos, graças a ele.
Basta um momento menos bom, que todos nós cometemos, mas que a força da televisão potencia a níveis desgraçadamente escandalosos, para que os bem pensantes venham exigir a demissão do homem.
Na verdade somos - seremos sempre - pobres e mal agradecidos. Gostaria de saber se aqueles que hoje "ladraram" na comunicação social a pedir a cabeça de Scolari, quando se vêm a si próprios, ou familiares seus, envolvidos em cenas de pugilato ou pior: cometendo crimes, tratam logo de se auto expulsarem, ou de mostrar a porta, da casa de família.
Na verdade não há pachorra para tantas públicas virtudes e piores vícios privados.
Scolari já reconheceu que errou, que perdeu a cabeça, o que mostra que ele é um homem normal, como a grande maioria dos restantes homens.
Eu jamais lhe lançaria alguma pedra. Detesto, abomino, pessoas que à primeira dificuldade de alguém, esquecem o prato onde comeram.
Aconteça o que acontecer no futuro ao homem, direi sempre: "Obrigado Scolari".
11 de setembro de 2007
Política reles
Portugal vai receber amanhã um Homem de Paz, o Dalai Lama, pela porta dos fundos, mas em contrapartida, o Governo e o Presidente da República estão a envidar todos os esforços para, em Dezembro próximo, receberem um facínora, Robert Mugabe, Presidente do Zimbabué, pela porta principal, com direito a tapete vermelho, para dar com a cor dos crimes que ele comete e instiga.A mente humana: a última fronteira
7 de setembro de 2007
Querida RTP
A RTP ontem no Telejornal, emitiu uma reportagem do debate realizado no parlamento, a pedido do PSD, sobre a insegurança que se vem registando no país. O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, foi chamado e quando confrontado com o assalto ontem realizado em Viana do Castelo, a "nossa" RTP mostrou um ministro a dizer que: "estamos serenos, mas não impávidos, e que [ele] estava do lado das forças de segurança". A RTP, mais uma vez ao serviço do governo, omitiu o que o ministro tinha afirmado ali mesmo no parlamento: "que os assaltantes de Viana do Castelo tinham sido todos capturados". Como o ministro foi mal informado, a RTP tratou de censurar essas afirmações, por forma a que o ministro Rui Pereira e o governo, não ficassem mal vistos perante os portugueses. Mas felizmente temos mais estações de televisão. A SIC e a TVI mostraram ontem nos seus jornais das 20.00 horas as afirmações do ministro. Como a RTP se viu desmascarada, não é que hoje nas notícias do "Bom Dia Portugal" das 7.00 da manhã é transmitida a reportagem na íntegra já com as afirmações do ministro, que tinham sido cortadas na véspera. Como às 7.00 da manhã a população que está a ver televisão é infinitamente menor do que às 20.00 horas, aí temos o serviço público de televisão a funcionar em pleno a favor do governo. Será que só o Poviléu é que deu pela tramóia? A Entidade Reguladora para a Comunicação Social está cega e surda? Se quiserem confirmar, vejam na página da RTP a emissão do Telejornal de ontem (1.ª parte: minutos 16 a 18). 6 de setembro de 2007
Racismo encapotado
O jornal Público, edição impressa de ontem, numa coluna assinada por Isabel Arriaga e Cunha, de Bruxelas, dizia que a "Comissão Europeia sugere que Mugabe não esteja na cimeira com África". No desenvolvimento da notícia, e segundo a comissária responsável pelas relações externas da União Europeia, Benita Ferrero-Waldner, para que a cimeira Europa-África se realize, em vez de estar presente o presidente do Zimbabué, este país seria representado, por exemplo, pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros. Cavaco Silva, em visita a Estrasburgo, também afirmou que teria que se arranjar uma forma de ultrapassar o impasse em virtude de a presença de Robert Mugabe em Lisboa não ser bem vista por alguns países da União Europeia, nomeadamente o Reino Unido. A presença do presidente facínora do Zimbabué em Portugal, aparentemente, não causa quaisquer problemas aos nossos governantes nacionais. O problema são os outros que se recusam a vir a Lisboa sentar-se à mesma mesma com esse criminoso. Portugal, não se opõe a conviver com esse tipo de gente. Há muito que estamos habituados a isso. Mas para quem nao saiba o que se passa verdadeiramente no Zimbabué, e se guie unicamente através das notícias dos jornais nacionais fica com uma visão racista do problema. Já o Daniel Oliveira no Expresso foi por esse caminho. A jornalista do Público termina a notícia com esta tirada de bom jornalismo: "O impasse sobre a participação do Zimbabué impede há vários anos a realização da cimeira, para grande frustração dos sucessivos governos portugueses. [...] o Governo britânico recusa sentar-se à mesma mesa que Mugabe, acusado de graves violações dos direitos humanos, sobretudo contra cidadãos britânicos residentes no país." Isto é mentira da mais reles que alguém, sendo jornalista, poderia alguma vez dizer. Que o Reino Unido se recusasse vir à presença de Robert Mugabe a Lisboa, com base exclusivamente nos crimes perpetrados contra os seus cidadãos no Zimbabué, é uma opção política, que embora seja de aplaudir - assim outros governos defendessem os seus cidadãos residentes noutros países - é redutora. Os crimes de Mugabe contra cidadãos britânicos residentes no Zimbabué constituem uma ínfima parte. A grande maioria dos crimes, e os mais horríveis, são cometidos contra os zimbabuanos de raça negra. Há uma intoxicação daqueles que se dizem não racistas para fazer crer que o Reino Unido só não quer vir a Lisboa porque há brancos atingidos pelas atrocidades de Mugabe. Então e aqueles que não são do Reino Unido, que não têm interesses no Zimbabué, que são negros e também desejam que Mugabe não venha a Lisboa, movimentam-se porquê? Quem lê a notícia do Público fica com a ideia que Robert Mugabe tem praticado crimes é contra britânicos, ou seja contra brancos, e que a população negra está óptima e recomenda-se. Sim, a isto eu chamo: "jornalismo de sarjeta".4 de setembro de 2007
Portugal simplex
O governo de José Sócrates quer que os cidadãos não se furtem às suas obrigações para com o Estado e a sociedade. E vai daí, lançou mão de uma série de legislação por forma a que todos nós sejamos controlados, fiscalizados, sujeitos a cruzamentos de todos os actos administrativos, etc., etc. Não pondo em causa a inevitabilidade de algumas medidas, pois estávamos a caminhar alegremente para o abismo e o descalabro, acabou por "pagar o justo, pelo pecador". Os excessos pagam-se sempre caro e os que já cumpriam acabam sempre por ser aqueles que pagam a dobrar. Este desabafo vem a propósito de: se por um lado o governo quer ter mão no cidadão comum, por outro lado assiste-se a que, o mesmo governo não investe o que deveria para o país se proteger da grande criminalidade e não servir de santuário e refúgio para se cometerem crimes, que têm como último objectivo lançar ataques terrorristas noutros países: veja-se o caso da ETA em relação a Espanha e a Frente de Libertação Nacional da Córsega em relação a França. Pergunta-se: será que o governo já se questionou por que motivo estas organizações terrorristas escolhem Portugal, e não outro país, para estas acções criminosas? Deveria preocupar-se seriamente, é que está em causa, para além da imagem externa do país, numa época em que se vive de imagens e de sound bytes, a credibilidade da justiça e dos serviços de informação e segurança de Portugal. O nosso atavismo secular foi, e é, o de nos preocuparmos sempre com o telhado sem atendermos às fundações. Não há edifício que resista.



