30 de junho de 2007

Quem cala consente

Se o Presidente da República não fosse Cavaco Silva, o governo agiria como tem agido no capítulo dos Direitos, Liberdades e Garantias?

Queremos democracia: a verdadeira, a autêntica

O perigo já não é comunista. Os comunistas já nem se ouvem. Como em 33 anos tudo mudou. Hoje, o perigo espreita de onde menos se esperava.

"O PS, que os portugueses se habituaram a ver como o defensor da liberdade e da democracia, não passa hoje de um partido intolerante e persecutório, que age por denúncia e tem uma rede potencial de esbirros, pronta a punir e a liquidar qualquer português por puro delito de opinião."

Vasco Pulido Valente in Público (2007/06/30)

Um combate à altura

    

Amanhã inicia-se a presidência da União Europeia, no entanto já se realizaram reuniões de preparação com membros do parlamento europeu, em Lisboa, no Pavilhão Atlântico.

O Primeiro-Ministro José Sócrates  também esteve presente e à pergunta de um jornalista sobre a intenção da Polónia de reabrir a discussão sobre o sistema de votos atribuído a cada país, previsto no novo tratado europeu, depois de todos os membros, incluindo a Polónia, terem na última reunião de chefes de  estado e de governo, realizada em Bruxelas, concordado com o número de votos atribuido a cada um, disse: “Deve tratar-se de um mal entendido”, num misto de esperança e irritação. Disse ainda que, esse capítulo está fechado e que não vai abri-lo, o que faria com que tudo voltasse à estaca zero.

Vamos ter um choque de titãs duarante os próximos seis meses de presidência portuguesa. De um lado José Sócrates, do outro os gémeos polacos Kaczynski: Presidente, um, o outro, Primeiro-Ministro.

Vamos ver quem leva a Taça de Tiranete Europeu. Um contra dois não é fácil, mas com esforço e dedicação, José Sócrates, por aquilo que se tem visto, tem muitas hipóteses de trazer o "caneco" para Portugal.

Primeiro-Ministro enquanto tal e cidadão

 

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Mas o senhor José Sócrates julga-se quem? Será que ele tem noção da guerra que comprou?

Um caiu em desgraça por causa do buzinão da ponte , o que se lhe seguiu caiu com a ponte e foi-se embora, o outro a seguir tropeçou no Iraque e abalou para longe, o anterior a este por causa da incubadora e quejandos acabou despedido. Agora este há-de cair por causa da queixa do "primeiro-ministro enquanto tal e cidadão".

Haja vergonha.

29 de junho de 2007

Flexisegurança à la carte

O Ministro da Saúde, Correia de Campos, é um dos poucos ministros que quando aparece na televisão aparenta sorrir sem esforço. Tem um ar simpático, descontraído. Mesmo quando anuncia as suas medidas para o sector, que sabe serem impopulares, fá-lo com um sorriso nos lábios, pocurando ser pedagógico.

A propósito da exoneração da directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho, o ministro afirmou que a senhora em causa tinha sido nomeada para o cargo pelo anterior governo, porque a lei à data permitia que um licenciado, mesmo sendo assistente administrativo, pudesse ascender a esse lugar, o que era o caso. Hoje, disse-nos, com a revisão da lei a senhora já não poderia ser nomeada.

Fiquei a pensar: o Ministro de Saúde discordava que uma assistente administrativa, licenciada, pudesse exercer funções de direcção no centro de saúde, mas o facto de uma licenciada exercer funções administrativas já é normal e recomenda-se.

Ora aqui temos um exemplo prático de como o governo vê a flexisegurança. Em sentido descendente, como convém.

Não brinquem com a Malta

Metem-se a brincar com a MALTA e depois é no que dá: Malta com PIB superior ao de Portugal.

Anal

Anda uma agitação na blogosfera, que nem vos digo nem vos conto. Não, não é  sobre o "Tratado da Reforma" da União Europeia que, Portugal vai tentar levar a bom porto. Também não é sobre se haverá, ou não, referendo por causa desse mesmo tratado. Também não é sobre os episódios "fascizóides" do aprendiz do Homem das Botas.

O que está ao rubro deve-se ao Daniel e à Patrícia. E o que é? É o... sexo anal. Essa prática está a deixar o país num impasse. Vejam lá se decidem-se de uma vez. É de incentivar ou de probir?

Limpeza em Vieira do Minho

O lugar do Presidente da Câmara Municipal de Vieira do Minho, por ser padre, é na sacristia e o o da Directora do Centro de Saúde local é sentada a uma secretária, que é o lugar das assistentes administrativas.

Apatia total

Todos os anos por altura das comemorações do 25 de Abril, aqueles que participaram activamente para que a democracia se tornasse possível, alertam, principalmente a juventude, para que não pensem que a Democracia não necessita de vigilância permanente e constante. Que o pior que se pode fazer, é ignorar as "pequenas" derivas de aprendizes de ditadores. A História mostra que, caso não se corte a direito o caminho aos tiranetes, quando acordarmos poderá ser tarde de mais e os custos para arrepiar caminho serão dolorosos.

Isto vem a propósito de, o governo do PS ter ultimamente uma série de atitudes e comportamentos inadmissíveis em termos democráticos. A última foi a exoneração da directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho, por esta não ter procedido à retirada de um cartaz, afixado por um clínico daquele centro, em que era reproduzida uma frase do ministro da saúde, Correia de Campos, à qual o médico acrescentou outra de conteúdo humorístico. Definitivamente este governo não está para brincadeiras. Se eu tinha a opinião que pessoa que não tem sentido humor, é uma pessoa a evitar, por maioria de razão penso de um governo que está à frente dos destinos do meu país.

Mas o mais grave é que, pelo nosso silêncio colectivo, estes comportamentos anti-democráticos estão a ser sancionados. O governo sente que tem o campo livre para fazer o que quer, e nem os restantes órgãos de soberania ousam intrometer-se no seu caminho.

Fomos para a rua por Timor, mas agora que começam a atacar a nossa casa, ficamos sentados à espera que o inimigo entre e se instale. Belo povo, belo país.

Volta Santana, estás perdoado.

Comunistas reciclados

Não admira porque é que o Partido Socialista coloca ex-comunistas a assumir cargos no partido, no governo, nas empresas, Tribunal Constitucional, etc. Eles são a "muralha de aço" do executivo. Dentro e fora. Os métodos nunca se esquecem.

28 de junho de 2007

À voz do dono

O Primeiro-Ministro só há uns dois meses a esta parte é que faz questão de responder às perguntas dos jornalistas no intervalo de visitas, em colóquios, nos corredores da Assembleia da República, etc. Antes, não permitia que os jornalistas se quer se abeirassem dele, e estes invariavelmente obedeciam e mais, se por ventura até conseguiam chegar perto faziam umas perguntas de "lana caprina".
A inversão do comportamento de José Sócrates produziu-se após as cenas recambolescas do seu percurso académico terem tido eco na televisão. Os assessores trataram de lhe fazer ver que, apesar de ele detestar, tinha que dar uma "atençãozinha" aos jornalistas, para o povo ver na televisão que ele até é muito sociável.
Os jornalistas portugueses estão tão "domesticados" que, a propósito da queixa-crime que José Sócrates lançou sobre o autor do blogue Do Portugal Profundo, não houve um que o inquirisse se efectivamente se confirmava a queixa, o que o tinha levado a apresentá-la contra António Balbino Caldeira e o que ele tinha a dizer àqueles que o acusam de, com o seu gesto, pôr em causa a liberdade de expressão?
Já não há jornalistas em Portugal. Há aprendizes de feiticeiro.

27 de junho de 2007

JB 3 - La culture et très JO(E)lie

Um dia destes, Joe Berardo, acorda outra vez mal disposto e, decide que chegou a hora da Ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, "fazer a trouxa" e "pôr-se ao largo".

Alguém dará por falta dela?

JB 2 - CCB

Estranha-se que a Associação Comercial de Lisboa não tenha vindo a público defender os pequenos e médios comerciantes da capital, já que na passada Segunda-Feira foi inaugurada mais uma grande superfície comercial em Lisboa : o CCB. Centro Comercial Berardo.

JB 1 - Olha a (en)Comenda

Em Portugal, costumamos vergar a "espinha" perante doutores e engenheiros. No entanto, há por aí um novo personagem que também exige, na sua presença, que vergamos a dita cuja: Comendador.

Trate de arranjar dinheiro, muito dinheiro, não "queime as pestanas" e a comendazinha arranja-se num ápice.

Lixo


Pacheco Pereira, no seu blogue, o Abrupto, a propósito da queixa-crime que José Sócrates apresentou contra o autor do blogue Do Portugal Profundo, António Balbino Caldeira, que curiosamente, ou não, nunca menciona no seu escrito, faz uma série de considerações acerca da responsabilidade civil e criminal a que os autores dos blogues devem estar submetidos. Pacheco Pereira prefere referir-se a: "agora que os blogues começam a sentar-se no banco dos réus", mas como não os identifica, ficamos com a impressão que são vários. Será que o Abrupto já foi processado e Pacheco Pereira nada disse? Afinal já leva anos a exercer o direito de crítica no seu blogue sobre as mais variadas pessoas e situações e, nós sabemos que isto de se considerar difamado e insultado vai muito da formação de cada um. Logo, até seria natural Pacheco Pereira ser processado. Mas não creio, e já veremos porquê.


Mas, o que verdadeiramente tira Pacheco Pereira do sério é essa coisa da caixa de comentários que existe nos blogues, mas que existe na medida em que os seus autores consentem, que não é o caso dele, para que se saiba. Subentende-se que ele até tem alguma comiseração pelo que o autor de um blogue escreve, mesmo sendo lixo, agora acrescentar lixo ao lixo, que é o que as caixas de comentário abertas e sem qualquer controlo pelo autor, estava tentado a dizer "director", desse blogue produzem, isso é ultrapassar o admíssivel. Na visão dele nessas caixas só existem calúnias e insultos gratuitos e se o autor do blogue os permite, logo é ele que deve ser responsabilizado, e por conseguinte "sentar-se no banco dos réus".


Sempre me pareceu, talvez esteja errado, que, Pacheco Pereira sempre desejou que os blogues se transformassem em jornais, de versão electrónica, e que as regras que ditam a conduta da imprensa se aplicasse também aos blogues. A sua escola tem seguidores. Fora e dentro da blogosfera.


Que os blogues, e os seus autores, estejam submetidos ao Direito é elementar. Nada nem ninguém deve estar acima da Lei. Agora querer responsabilizar os autores que permitem caixas de comentário abertas, e que não fazem triagem, parece-me absurdo, no mínimo.


Se alguém se sente difamado e insultado pelos comentários produzidos nas caixas dos blogues, deve processar quem os fez, e não quem utilizou uma ferramenta que a empresa proprietária dos blogues pôs à disposição do "fazedor" do mesmo. É que um blogue por mais voltas que se dê não é um jornal.


Mas esta prosa de Pacheco Pereira reside é no lixo "bloguista". Se não houvesse lixo, o ambiente era puro e não haveria banco dos réus para ninguém. Subentende-se que ele considera que não produz lixo. A prosa, a poesia, as fotos, os vídeos, que pelo seu blogue campeiam, estão lá para glória e educação do "povo". O tal a quem não deve ser permitido destilar o fel nas caixas de comentários abertas e sem controlo.


Como Pacheco Pereira há muitos "fazedores" de blogues que não permitem diálogos e troca de impressões com os leitores dos mesmos. Quando muito, permitem que lhes escrevam uns e-mails que eles se encarregarão de filtrar e, se acharem que não é lixo, lá permitirão que, um ou outro, ilustre a obra de arte que é o "seu" blogue.


Pacheco Pereira ainda vai resistindo, honra lhe seja feita, a ter um blogue que alimenta diariamente. Não sabemos até quando. Muitos como ele, ou seja, que acham que têm como missão "educar o povo", ou melhor dito o "poviléu", porque agora já começa a ser chique considerar que também os "separadores de lixo" são povo, ou desistiram, ou nem sequer se atreveram a "meter os pés" em tamanha lixeira. É que, na visão desses, quem meter a mão no lixo uma vez, fica-se sujo toda a vida.


Há muito pedantismo e arrogância dentro da blogosfera, como aliás fora dela. As pessoas transportam para aqui as intrigas, as invejas, as traições, as guerras pessoais e tudo o mais que se possa imaginar, e que fazem parte do seu dia-a-dia nas redacções dos jornais, na televisão, no ensino, na cultura, etc., etc.


Isto da democracia ser para todos é uma chatice.


26 de junho de 2007

Então, há ou não há oposição?


Isto, só em Portugal: oposição ao governo não temos, vai daí, como é de bom tom, e como governo democrático que se preze tem de ter oposição, se ela não existe, trata-se de arranjar. Ora muito bem.


À falta de melhor, o governo, pela mão do seu líder, José Sócrates, já tratou de escolher o alvo, por forma a haver uma real e efectiva oposição. Não, não criaram um partido fantoche, nem nada que se pareça.


Portuguesas e Portugueses, a oposição, nos tempos mais próximos, e para glória dos nossos irmãos europeus, a cujos destinos vamos presidir já a partir do próximo dia 1 de Julho e até ao fim do ano, será personificada por António Balbino Caldeira, autor do blogue Do Portugal Profundo. Assim "decretou", Sua Excelência O Primeiro-Ministro, José Sócrates.


O Porto é uma nação


Ontem, no programa Prós e Contras da RTP 1, emitido a partir do Porto, para justamente discutir a cidade do Porto e a região Norte, e o seu declínio em termos nacionais, em que foram convidados, para além do Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, quatro empresários conotados com o Porto e a sua região: Ludgero Marques, Rui Moreira, Luís Portela e Belmiro de Azevedo.


Excepto, Rui Rio, os restantes intervenientes, mesmo aqueles que intervieram a partir da assistência, só se lamuriaram da sorte do Porto. E, mais uma vez, o provincianismo bacoco veio ao de cima. Para aqueles senhores, o Porto está como está, e aqui Rui Rio frisou, e bem, que uma coisa é o concelho do Porto, outra coisa é a Área Metropolitana do Porto e outra ainda é a região Norte, por causa de..., já adivinharam? Claro, Lisboa. Essa terra que não deixa as outras brilhar, que tudo suga e nada dá.


O debate, supostamente, era para discutir o Porto, e passou-se o tempo quase todo a falar de Lisboa. Ouviu-se mais vezes a palavra "Lisboa", que a palavra "Porto". O que só demonstra que o Porto necessita de Lisboa, como de pão para a boca. Alguém no meio daquele espectáculo atirou que Lisboa também está mal, e que Lisboa ainda é, para o bem e para o mal, a capital deste pobre país. E que o Porto está doente, porque Lisboa também está e, por conseguinte o resto do país. Ou melhor dizendo, o Continente. Porque os Açores e a Madeira são outra história, pela sua autonomia, mas não só.


     


A sociedade portuense, a cidade do Porto, e o resto do país, têm que se capacitar que só quando a capital, que é Lisboa, estiver em franco desenvolvimento e com dinamismo económico, social e cultural é que Portugal consegue "dar o salto". O Porto precisa de uma capital sã e com pujança, para também ele se afirmar como o segundo pólo de desenvolvimento do país.


Portugal é um país pequeno e só se vê as pretensas elites a dizer mal de Lisboa. Nada mais estúpido. O país precisa de uma Lisboa com projecção na Europa e no mundo. Já aqui disse num post anterior, que Lisboa precisa de ser amada e querida por todos no país, começando pelos lisboetas, que são os primeiros a desprezar e a não lutarem pela sua cidade e região.


Depois vêm, outra vez, com a regionalização, como panaceia para resolver os males do país e do Porto, claro está. Nada mais errado. Pode-se regionalizar o que se quiser. Mas o país pelos contrastes que apresenta: Norte-Sul e Litoral-Interior, necessita da solidariedade do todo nacional. E sejamos sérios, Lisboa é generosa, e será cada vez mais, assim consiga sair do marasmo em que se encontra, com o resto do país. Façam as contas da riqueza produzida e dividamos pelo número de habitantes e verão se é ou não generosa.


No meio daquela gente, que devia ir ao programa Prós e Contras puxar pelo Porto, vê-se que há uma pessoa que sabe o que quer e que percebe o que está em jogo, e, para sorte do Porto, essa pessoa é o seu Presidente da Câmara Municipal, Rui Rio. Também já aqui disse que me parece, e é com toda a certeza, uma pessoa de uma seriedade e integridade que, neste momento em Portugal, infelizmente, é raro, para não dizer raríssimo. Acusam-no, as elites, sempre as elites, de ser "merceeiro", "contabilista", e outros nomes sonantes. Esquecem-se que o país está no estado em que está, precisamente porque não se quis saber das contas e outros houve que trataram de fazer contas em proveito próprio e dos seus corregilionários.


25 de junho de 2007

Todos na mão


Lembram-se de como o PCP vociferava, e tomava conta do espaço público (comunicação social, rua, empresas, etc.), quando os governos, sobretudo quando eram do PSD, ou PSD+CDS, mas também do PS, tomavam medidas, que na visão do PCP, iam contra as liberdades e garantias dos cidadãos? As que eles apelidavam de "conquistas de Abril"?


Pois bem, com este governo PS, esse PCP morreu completamente. Não se ouve uma voz crítica vinda desse quadrante político, contra os demandos que se avolumam de dia para dia contra a liberdade de cada um: liberdade de expressão, liberdade de cidadania, para já não falar da liberdade económica e social. Se a voz do PCP, após a queda do muro de Berlim, foi sendo cada vez menos audível, com Sócrates ficou afónica de vez.


Lembram-se do Bloco de Esquerda que, a todas as medidas dos últimos governos PSD+CDS, acenava-nos que vinha aí o "fascismo"? Que tinhamos que barrar o caminho a esses neo-liberais de pacotilha, que Durão Barroso e Santana Lopes personificavam, e que tinham George Bush por modelo?


Pois bem, o "Bloco" transformou-se num bloco colado com cimento cola de fraca qualidade. A sua voz, Francisco Louçã, porque só esta verdadeiramente contava, também emudeceu. Por vezes ainda aparece a dizer "umas coisas" contra o governo de José Sócrates, mas não se ouve. Há sempre um ruído de fundo.


O CDS-PP é daqueles casos patológicos que mal se curou da doença que o contaminou, volta a infectar-se. Efectivamente, o CDS-PP sempre gostou muito do "respeitinho", que não do respeito. Ora, se Sócrates é a personificação do "respeitinho", o CDS-PP só tem que aplaudir, silenciosamente, dessa forma não se suja. Mas, se por ventura, admitamos, num delírio "à Portas", ousassem levantar a voz, lá está o caso "Portucale" para eles piarem fininho.


Por fim, temos o PSD, esse saco de gatos, a 2, 3, 4, 5, n vozes, em que mal um fala, vem logo outro achincalhar o que foi dito. Embora tenha sido, até agora, o único a dizer que o "rei vai nú", a credibilidade do partido na sociedade é praticamente nula. Marques Mendes bem tenta ganhar credibilidade para o partido, mas é tarefa hérculea, depois da catástrofe Durão Barroso, Santana Lopes a que se veio juntar a da Câmara Municipal de Lisboa. Mas também Marques Mendes não pode "cantar de galo", pois lá apareceu o caso Isaltino Morais e a Universidade Atlântica em Oeiras para que ele não se meta em "bicos de pés". Se não, já sabe.


Pela primeira vez, vejo um governo em Portugal que não brinca em serviço, e logo do PS, quem diria. Esta eficiência governativa, de cunho socrático, está a superar todas as expectativas. E o espanto é tanto que, mesmo que alguém, no meio deste turpor colectivo, ouse "falar mais alto" e denunciar que "algo vai mal no reino de Neptuno" é logo apelidado de "lunático", que está a "alucinar". Alguns desses "lunáticos" ainda debitam nalguma imprensa, mas ninguém lhes liga, porque na televisão o pio está cortado.  Afinal em Portugal, tirando aqueles que já estão rendidos ao poder socialista, pelos mais variados motivos e com " telhados de vidro", quem é que lê jornais?


Essa coisa da Internet, dos blogues mais propriamente dito, é que estraga um bocado a festa. E então agora com a democratização do acesso à rede, a coisa torna-se mais complicada de domar. Esses tipos da União Europeia estão sempre a dizer-nos que estamos sempre na "mó de baixo" a tudo o que são índices de desenvolvimento. Logo há que mostar, para fora, que estamos a fazer tudo para ficar "up to date". Como eles. O acesso à Internet, infelizmente, faz parte dessa política para "inglês ver". Mas para lançar um aviso à "navegação" e não queimar o governo "lá fora", nada melhor do que tomar uma iniciativa própria, como quem diz a título individual, mas com fato de Primeiro-Ministro, que isto de sinais, o povo é parvo, mas lá vai lendo nas entrelinhas, e toca de fazer uma queixa-crime contra um "fazedor" de blogues, daqueles que não querem vislumbrar a glória do poder socialista sobre a Terra de Santa Maria, pela mão do Grande Líder. Podia pensar-se que a queixa-crime se iria direccionar para aqueles a quem ainda se permite que digam umas "coisas", uma daquelas personagens que todos nós identificamos. Mas não, isso para o povo era chover no molhado. Não teria efeito. Diziam logo, como dizem sempre: "eles zangam-se à nossa frente, mas voltam as costas e é só "beijinhos" e "abraços"".


Com a queixa-crime dirigida a um desconhecido, que o povo não consegue identificar, tem o mesmo efeito como se fosse dirigida a cada um desses "bloguistas" anónimos que na Internet pululam a zurzir contra o explendor da governação socialista e do seu Grande Líder. E assim, espera-se, mais uma voz domesticada.


Estamos boquiabertos, o homem é mesmo inteligente. Diríamos mesmo, inteligentíssimo. De primeira água. Quem assim é, não precisa de qualquer título académico para ser idolatrado.


Luto


A Espanha está de luto. No Líbano, ontem, morreram seis soldados do contigente espanhol e outros dois ficaram feridos, em resultado de um ataque terrorista. Dos seis soldados mortos, três eram colombianos. Também por lá andam portugueses. Todos integrados na força das Nações Unidas (UNIFIL). A UNIFIL está no Líbano para garantir a paz. É uma força de interposição entre os terroristas do Hezbollah, sediados no Líbano, e Israel, depois da guerra que houve entre os dois.
Vamos esperar que mais nenhum elemento da UNIFIL seja alvo destes assassínios covardes. É nestas horas difíceis que se deve mostrar toda a solidariedade com todos os nossos irmãos europeus. A Europa não pode, não deve, ser só mercado. A Europa deve ser acima de tudo humana.

Bibliotecas Públicas

Quando o sexo invade as bibliotecas públicas.

24 de junho de 2007

Brasil moreno


Já tinha reparado, em conversa com alguns brasileiros, que claramente têm ascedência negra, a residirem em Portugal, que eles não se consideram negros, dizem-se: "morenos" ou "pardos". O que para um país de misceginação me pareceu uma posição racista.
Mas, hoje no jornal The Miami Herald dos Estados Unidos, de que a página da BBC Brasil dá eco, é publicada uma reportagem que confirma isso mesmo: que a negação das raízes negras, por parte dos brasileiros, "virou" instituição.

Desapareceu


Quem é que nos roubou o Verão?

Boas maneiras


O blogue O Reino da Macacada com este post mostra que "é de pequenino que se torce o pepino".

Aprender a ser jornalista


A impreparação da jornalista da RTP 1, no Jornal da Tarde, a entrevistar em directo o Primeiro-Ministro, em Chaves na inauguração do último troço da auto-estrada A24, é de bradar aos céus. A senhora nem falar sabe, quanto mais fazer perguntas. A introdução à primeira pergunta foi só de apologia ao chefe. Só faltou dizer que o "sucesso" da cimeira de Bruxelas se deve a Sócrates. Até José Sócrates, quando a jornalista lhe estava a dizer que o Presidente da República estava "maravilhado" [adjectivo meu] com o desempenho dele na cimeira, se mostou desconfortável. Porque nem tanto à terra, nem tanto ao mar. Podia a jornalista mostrar-se um pouco mais "independente".

23 de junho de 2007

Acordo para valer?


Na cimeira de Bruxelas, da União Europeia, os 27 estados membros alcançaram um compromisso mínimo relativamente à nova versão do chamado Tratado Constitucional. Na anterior versão também os chefes de estado e de governo se puseram de acordo. Quem "estragou" a festa foram a França e a Holanda. Quem nos garante que nenhum dos países que referendar este novo tratado, o "Não" não sairá vencedor? Se isso acontecer, como será? Volta tudo ao princípio, ou este novo tratado tem cláusulas de excepção para esses países e ele entrará em vigor nos países em que o "SIM" vencer ou em que a ratificação seja aprovada nos parlamentos nacionais?
Nos próximos dias, meses talvez, se saberá que condições, e que tipo de cedências, estiveram por detrás deste acordo.

Silêncio


Oito dias, uma semana, já passaram em que se soube que, o autor do blogue Do Portugal Profundo, António Balbino Caldeira, tinha sido constituído arguido por se ter "metido" com o Primeiro-Ministro e o seu turbulento percurso académico, pelo menos em termos administrativos, nos escritos que foi produzindo no seu blogue há dois anos a esta parte. Primeiro levantando a "lebre" e depois não a deixando fugir.


Na RTP, televisão pública, nem uma palavra, até agora, sobre o assunto.


A chancelerina


Para quem dizia que a senhora ia-se sair mal à frente dos destinos da Alemanha, Angela Merkel, chancelerina alemã, mostrou internamente, e sobretudo à Europa, que com ela há dinamismo e vontade de fazer.

É, neste momento, a única mulher Chefe de Estado e de Governo dos 27 estados membros da União Europeia. É ouvida por todos com desvelo e admiração. Ao contrário de Margareth Thatcher, primeira-ministra britância entre 1979 e 1980, Angela Merkel é profundamente europeia e adepta das políticas sociais europeias alargadas.

22 de junho de 2007

Como o macaco gosta de banana



Joe Berardo, ou como ser multimilionário, e dono de uma colecção de arte, não significa ser culto. O homem sabe disso e diverte-se, imenso, a gozar com o pagode.

Quem não quer ser lobo...


A inauguração dos últimos 11,1 Km da A24, que liga Viseu à fronteira de Vila Verde da Raia, em Chaves, obrigou que o Estado dispendesse mais 100 a 150 milhões de euros na construção de um viaduto de 1380 metros, que não estava previsto no projecto inicial, por atravessar uma área integrante da Rede Natura, onde, segundo o jornal Público, residiam duas alcateias de lobos.
Antes dar esses 100 a 150 milhões a lobos verdadeiros do que a outros que se vestem com pele de cordeiro.

A ovelha negra


Esta coisa de o Reino Unido estar sempre do contra, em matéria de construção europeia, cansa. O Reino Unido quer o melhor de dois mundos. E o facto é que tem conseguido, claro que à custa dos restantes países que optam por uma maior integração. Em todos os avanços da União Europeia, o Reino Unido tem sido, quase sempre, a ovelha negra da família europeia. Mas porque raio é que eles não saem de vez? A União Europeia não prevê mas, deve começar a pensar nisso, quando um país sistematicamente bloqueia decisões, que todos os outros concordam, devia ser convidado a sair da União.
Quem não está bem, muda-se.

21 de junho de 2007

Cuidado com os gémeos


O jornalista António Esteves Martins relatou no Telejornal da RTP 1 que, nas negociações do novo tratado constitucional europeu a decorrer em Bruxelas, na cimeira de chefes de estado e de governo da União Europeia e, relativamente ao número de votos que será atribuído a cada país, de acordo com o número de habitantes de cada um, a Polónia quer que sejam contabilizados os cidadãos polacos mortos durante a II Guerra Mundial, como se estivessem hoje vivos e, dessa forma aproximar-se do número de votos atribuídos à Alemanha que, possui o dobro da população polaca.
No fundo os gémeos polacos Kaczynski estão a fazer uma chantagem intolerável à Alemanha de hoje. O argumento é: "se vocês, alemães, não tivessem assassinado os milhões de cidadãos polacos [sobretudo judeus] durante a II Guerra Mundial, a Polónia hoje teria um número de habitantes equivalente ao vosso. Por isso exigimos o mesmo número de votos."
Que dizer perante isto? Talvez o melhor seja entrar em cena demógrafos e técnicos de estatística para calcular que populaçãpo cada um dos países teria, hoje, se não tivessem ocorrido guerras, desde o nascimento da cada um dos estados e nações, envolvendo os actuais membros da União Europeia. Veríamos qual a "verdadeira" dimensão da população polaca e com toda a certeza sairia a perder por comparação com a Alemanha.
A Polónia actual, sob o comando dos gémeos, na presidência e no governo, não tem espírito europeu e democrático. A Polónia entrou na Europa para se fazer pagar por todas as atrocidades e humilhações que sofreu no passado. Isso é inadmissível na Europa de hoje, que se quer democrática, representativa, solidária, em que a paz é tudo e que aspira a ser uma referência no planeta.

Ambivalências


Diz-se que 80% dos médicos dos serviços de obstetrícia dos hospitais públicos são objectores de consciência, logo não se pode contar com eles para cumprir a lei da interrupção voluntária da gravidez. Lei aprovada em referendo por 59,25% dos votantes.
Estamos perante um facto preocupante: o número de médicos obstetras, a trabalhar nos hospitais públicos, objectores de consciência, não reflecte os valores do referendo. Das duas uma: ou a classe dos obstretas a exercer funções no serviço público são de um apego à vida, esperamos que durante toda a vida, para lá da biologia, desde a concepção até à morte, de todos aqueles que devem servir, e isso é de louvar e enaltecer, ou então, há aproveitamento do facto de poderem exercer o direito de objecção de consciência para subverter a vontade da grande maioria do povo português expressa nas urnas, e exercer uma crítica a todos nós, especialmente às mulheres. Em democracia deve-se respeitar a vontade da maioria, independentemente do grupo social e profissional a que se pertence.
Para haver um grupo profissional, específico, de cidadãos, a execer funções públicas, que reprova a lei da interrupção voluntária da gravidez em 80%, devem, forçosamente, existir outros grupos profissionais que aprovam a lei na ordem dos quase 100%, senão como é que se obteve os valores registados em sede de referendo? Ou será que se vota num sentido e pratica-se noutro?

20 de junho de 2007

O Processo

Do Portugal Profundo
Banner criado por gentiliza do Adpdeites
Ficámos a saber, segundo a edição do Expresso em linha, que foi José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, Primeiro-Ministro de Portugal, neste ano de 2007 depois de Cristo, que apresentou queixa-crime contra o autor do blogue Do Portugal Profundo, António Balbino Caldeira, por este ter, desde há dois anos a esta parte, perscrutado o seu percuso académico: colocando questões e apontando contradições, que envolvem os seus certificados de habilitações. A persistência de António Caldeira desembocou na entrevista de José Sócrates à RTP 1, em que ele procurou explicar-se, mas que muita gente achou que não ficou explicado, incluindo António Caldeira, que não deixou morrer o assunto no seu blogue.
Definitivamente, este Primeiro-Ministro quer amedrontar-nos, porque não é em vão que ele vai atrás de António Caldeira, o cidadão. Ele sabe que António Caldeira pode "crescer" e causar-lhe ainda mais "estragos", porque aquilo que escreve tem substrato e não exorbita o direito que qualquer cidadão tem de ser informado, sobre o percurso académico de um qualquer Primeiro-Ministro. Com tantos blogueres a escrever sobre o dossier da licenciatura, e alguns deles exorbitando tudo o que é razoável, entrando pelo ataque mais reles e soez, foi logo José Sócrates escolher o "blogue certinho". Não acredito que, só foi atrás dele porque foi o único que conseguiu identificar. Como sabemos, pode levar tempo, mas todos os que frequentam e impregnam a rede são identificáveis.
Não quero acreditar que isto é uma perseguição ad hominem. Se fosse, se for, estaríamos, estamos, a viver o período mais negro pós 25 de Abril, no que à liberdade de expressão diz respeito. Repito, António Balbino Caldeira pode ter mil e um motivos "obscuros" para não deslargar o assunto da licenciatura, como muitos na caixa de comentários, do seu blogue, querem fazer crer, mas isso em nada pode interferir na liberdade de expressão, porque ele, nos seus escritos e na forma como trata o assunto, está a anos-luz do tratamento de polé que muitos jornalistas, analistas e comentadores deram ao caso. E a esses não sei se José Sócrates faz intenção de apresentar queixas-crime.
Este processo será: "O PROCESSO". Do resultado do mesmo vamos tirar a prova dos nove do regime. Todos, mas todos: povo, políticos, media, magistrados, vamos a julgamento. No final haverá culpados e inocentes. O Primeiro-Ministro abriu a Caixa de Pandora. Ele sabe o país que tem. Vamos ver se o país corresponde.
Por não conhecer António Caldeira de lado nenhum é que sinto um revolta enorme por isto estar a acontecer hoje no meu país. Se José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, Primeiro-Ministro de Portugal, neste ano de 2007 depois de Cristo, intentasse um processo contra uma figura conhecida de todos, dominante e com poder, qualquer que ele fosse, no país, eu não me sentiria particularmente atingido. Mas ao fazer contra António Caldeira, fê-lo também contra mim e contra todos os portugueses anónimos, que são a imensa maioria deste povo. Perante este ataque inominável, eu digo presente.

19 de junho de 2007

A coisa está preta


Alberto João Jardim não admite concorrência. Hoje, na cerimónia de posse do seu n governo regional, disse que o actual governo da república tem um déficit democrático. Estas palavras, vindas de quem vem, e de quem tem as "contas" democráticas equilibradas, são indicativas de que a coisa está preta, e toca a todos. Nunca reparei num Jardim tão cordato, tão "certinho", após ter ganho as últimas eleições. Ele bem propõe que se fume o cachimbo da paz, mas, até agora, Sócrates ainda não deu sinal.

Ar pesado


O cerco à liberdade de expressão vai-se apertando. Os episódios sucedem-se, insidiosos. A Primavera foi baça, espessa, pegajosa. O Verão tarda. O Outono persiste. Quero de volta o céu azul do meu país.

18 de junho de 2007

Acrobacias





AEROPORTO DE LISBOA

Ota - UUHH! UUHH!
Alcochete - HHMM! HHMM!

Portela + 1 = 2 - OH! OH! SI! SI!

Corrupção à beira


Estamos à espera da reacção do Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, Fernando Ruas, sobre a condenação a pena de prisão efectiva (5 anos e 10 meses) do ex-presidente da Câmara Municipal de Celorico da Beira, Júlio Santos.
Vamos ver se é tão rápido a reagir como quando Saldanha Sanches insinua que o fenómeno da corrupção encontra terreno fértil nas autarquias.

17 de junho de 2007

Cuidado com o deserto


O ministro Mário Lino quando falou no deserto a Sul do Tejo, estava a utilizar uma figura de estilo, mas a verdade é que o deserto pode tornar-se mesmo numa realidade, se não fizermos nada para impedir o seu avanço.
Hoje comemora-se o Dia Mundial da Luta contra a Desertificação e várias organizações apontam que Portugal corre um risco elevado, a par da Itália e da Turquia, no conjunto da Europa.

As crianças não têm preço


As diligências que a Polícia Judiciária fez no caso do desaparecimento da menina inglesa no Algarve, segundo o Correio da Manhã, custou-nos 100 mil euros, isto só nos primeiros quinze dias. Não está em causa a importância, nem que fossem 5 milhões de euros.
A partir de agora, quando desaparecer uma criança em Portugal, seja ela qual for, todos nós vamos estar atentos, se esta operação marcou o início de uma mudança, por parte das autoridades, para investigar casos de desaparecimento de crianças, ou se se tratou de um epifenómeno para inglês ver, devido a pressões políticas.

16 de junho de 2007

Flash Back


Paulo Portas avisou os jornalistas para estarem atentos e não acreditarem em tudo o que lhes dizem, ou que lhes chegue às suas mãos, relacionado com o caso Portucale, que envolve altos dirigentes do CDS-PP, quando exerciam cargos ministeriais no governo de coligação PSD/CDS-PP, liderado por Santana Lopes, e com os, alegados, financiamentos suspeitos do seu partido.
Paulo Portas, ao dizer estas palavras aos jornalistas, deve-se estar a recordar dos comportamentos que teve quando era jornalista de O Independente.
Quem com ferros mata, com ferros morre.

Espaço: primeira mulher


A 16 de Junho de 1963, faz hoje 44 anos, a bordo da Vostok 6, a russa Valentina Tereshkova tornou-se na primeira mulher a voar no espaço. A partir da cápsula espacial, a cosmonauta de 26 anos de idade, informou os telespectadores da televisão soviética que tudo estava a correr bem. Após 48 órbitras e 71 horas, ela regressou à Terra, tendo passado mais tempo no espaço do que todos os astronautas americanos juntos, até essa data.

Em Novembro de 1963 ela conquistou a simpatia popular ao casar-se com outro cosmonauta: Adrian Nikolayev. O primeiro casal espacial visitou, durante os anos seguintes, vários países em missões de boa vontade.

Os Estados Unidos só enviariam uma mulher para o espaço 20 anos mais tarde.

15 de junho de 2007

O Povo é Sereno

ATÉ QUANDO?

De repente a temperatura subiu


Isto promete:

Não vão lá


A guerra entre palestinianos que está em curso, só contribui para que a opinião pública internacional sancione cada vez mais as acções de Israel em Gaza e na Cisjordânia. Israel está a adorar o "espectáculo" que os palestinianos estão a dar ao mundo.
Não sei até que ponto esta luta fatricida não está a ser instigada por Israel, mas também é por demais evidente que com aqueles vizinhos não se pode baixar a guarda.
Aquele conflito daqui a pouco está a pedir meças com a Guerra dos 100 anos, ocorrida na Europa durante os séculos XIV e XV.

Cães raivosos


Razão tinha Tony Blair ao afirmar que os jornalistas são uma "matilha selvagem". Pelo menos em Inglaterra. Veja-se por estes dias, os jornalistas ingleses a fazerem de "polícias" e de "cães" nos terrenos onde, segundo uma denúncia anónima enviada a um jornal holandês, alegadamente estaria enterrada a menina inglesa desaparecida há mais de um mês na Praia da Luz, Algarve.
Imagine-se o que esta matilha não faria, se a polícia se "armasse" em jornalista, para já não falar se fossem cães, os verdadeiros, a tomar o papel deles.

Feijões


Até a classificação de um simples concurso de marchas populares, dos bairros de Lisboa, é alvo de suspeitas de favorecimento. Ninguém gosta de ser preterido, nem a feijões.
Em todas as actividades, a máxima em Portugal é: "Não sou eu que sou mau, os outros é que mexeram os cordelinhos." Sempre a inveja a toldar-nos o nosso desenvolvimento. Até quando?

14 de junho de 2007

Cócegas


Entrevista da directora regional de Educação do Norte, Margarida Moreira, hoje, ao Diário de Notícias:
  • "Nós [DREN] temos tudo o que tem saído na comunicação social, nos blogues, ofícios, em tomadas de posição, em artigos de opinião."

A senhora directora, tem tudo isto para quê? Para levantar mais uns processos? Por isso, não fez menção ao debate político que as suas acções provocaram. É que os deputados têm imunidade parlamentar, logo não vale a pena processar. Mas lá vêm os blogues, que ela sabe que são aqueles que provocam mais "mossa".

  • "Foi por SMS [que tive conhecimento do "insulto do professor Charrua a José Sócrates], davam-me conta de que estaria a acontecer uma coisa grave, 48 horas antes de abrir o inquérito."

Oh, Santo Deus, por SMS? Queixinhas por SMS? Ao que isto chegou. A senhora acha normal este procedimento delatório e pelos vistos o jornalista, Francisco Mangas, também. O problema deve ser meu: quem manda a mim ser antiquado e não me actualizar "tecnologicamente". A delação tecnológica é que está a dar.

  • "Não gosto de me vitimizar como mulher, mas nos últimos dias, volta e meia, naquilo que eu tenho lido, vejo claramente uma forma de me atacar que não aconteceria se eu fosse um homem."

O argumento feminista mais machista deste milénio, em Portugal.

  • "Muitas vezes, também me parece que a senhora ministra [da educação] não é poupada. São formas de ataques claramente machistas, no que há de pior."

Aos pares sempre é mais fácil. As muletas sempre deram um grande jeito.
  • "Defendo uma liderança forte, como muita gente por aí defende. Mas depois os comentários que se fazem são diferentes: sou uma mulher e educadora de infância..."

A auto-comiseração fica-vos tão bem.

  • "Sobre isso, está decidido. Vou a tribunal com o presidente da câmara [Municipal de Vieira do Minho, que a acusou de numa reunião ter dito que o seu lugar era na sacristia]."

Mais um processo. E vão quantos?

  • "Porque, se tiver que afastar alguém socialista, também o afasto sem hesitações. E o PS sabe isso."

Avisou o PS como? Por SMS?

A senhora directora pode ser uma óptima profissional, enquanto promotora da política de educação do governo, no entanto quanto ao resto, esta entrevista diz tudo.