Se o Presidente da República não fosse Cavaco Silva, o governo agiria como tem agido no capítulo dos Direitos, Liberdades e Garantias?
Se o Presidente da República não fosse Cavaco Silva, o governo agiria como tem agido no capítulo dos Direitos, Liberdades e Garantias?
O perigo já não é comunista. Os comunistas já nem se ouvem. Como em 33 anos tudo mudou. Hoje, o perigo espreita de onde menos se esperava.
"O PS, que os portugueses se habituaram a ver como o defensor da liberdade e da democracia, não passa hoje de um partido intolerante e persecutório, que age por denúncia e tem uma rede potencial de esbirros, pronta a punir e a liquidar qualquer português por puro delito de opinião."
Vasco Pulido Valente in Público (2007/06/30)
Amanhã inicia-se a presidência da União Europeia, no entanto já se realizaram reuniões de preparação com membros do parlamento europeu, em Lisboa, no Pavilhão Atlântico.
O Primeiro-Ministro José Sócrates também esteve presente e à pergunta de um jornalista sobre a intenção da Polónia de reabrir a discussão sobre o sistema de votos atribuído a cada país, previsto no novo tratado europeu, depois de todos os membros, incluindo a Polónia, terem na última reunião de chefes de estado e de governo, realizada em Bruxelas, concordado com o número de votos atribuido a cada um, disse: “Deve tratar-se de um mal entendido”, num misto de esperança e irritação. Disse ainda que, esse capítulo está fechado e que não vai abri-lo, o que faria com que tudo voltasse à estaca zero.
Vamos ter um choque de titãs duarante os próximos seis meses de presidência portuguesa. De um lado José Sócrates, do outro os gémeos polacos Kaczynski: Presidente, um, o outro, Primeiro-Ministro.
Vamos ver quem leva a Taça de Tiranete Europeu. Um contra dois não é fácil, mas com esforço e dedicação, José Sócrates, por aquilo que se tem visto, tem muitas hipóteses de trazer o "caneco" para Portugal.
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Mas o senhor José Sócrates julga-se quem? Será que ele tem noção da guerra que comprou?
Um caiu em desgraça por causa do buzinão da ponte , o que se lhe seguiu caiu com a ponte e foi-se embora, o outro a seguir tropeçou no Iraque e abalou para longe, o anterior a este por causa da incubadora e quejandos acabou despedido. Agora este há-de cair por causa da queixa do "primeiro-ministro enquanto tal e cidadão".
Haja vergonha.
O Ministro da Saúde, Correia de Campos, é um dos poucos ministros que quando aparece na televisão aparenta sorrir sem esforço. Tem um ar simpático, descontraído. Mesmo quando anuncia as suas medidas para o sector, que sabe serem impopulares, fá-lo com um sorriso nos lábios, pocurando ser pedagógico.
A propósito da exoneração da directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho, o ministro afirmou que a senhora em causa tinha sido nomeada para o cargo pelo anterior governo, porque a lei à data permitia que um licenciado, mesmo sendo assistente administrativo, pudesse ascender a esse lugar, o que era o caso. Hoje, disse-nos, com a revisão da lei a senhora já não poderia ser nomeada.
Fiquei a pensar: o Ministro de Saúde discordava que uma assistente administrativa, licenciada, pudesse exercer funções de direcção no centro de saúde, mas o facto de uma licenciada exercer funções administrativas já é normal e recomenda-se.
Ora aqui temos um exemplo prático de como o governo vê a flexisegurança. Em sentido descendente, como convém.
Metem-se a brincar com a MALTA e depois é no que dá: Malta com PIB superior ao de Portugal.
Anda uma agitação na blogosfera, que nem vos digo nem vos conto. Não, não é sobre o "Tratado da Reforma" da União Europeia que, Portugal vai tentar levar a bom porto. Também não é sobre se haverá, ou não, referendo por causa desse mesmo tratado. Também não é sobre os episódios "fascizóides" do aprendiz do Homem das Botas.
O que está ao rubro deve-se ao Daniel e à Patrícia. E o que é? É o... sexo anal. Essa prática está a deixar o país num impasse. Vejam lá se decidem-se de uma vez. É de incentivar ou de probir?
O lugar do Presidente da Câmara Municipal de Vieira do Minho, por ser padre, é na sacristia e o o da Directora do Centro de Saúde local é sentada a uma secretária, que é o lugar das assistentes administrativas.
Todos os anos por altura das comemorações do 25 de Abril, aqueles que participaram activamente para que a democracia se tornasse possível, alertam, principalmente a juventude, para que não pensem que a Democracia não necessita de vigilância permanente e constante. Que o pior que se pode fazer, é ignorar as "pequenas" derivas de aprendizes de ditadores. A História mostra que, caso não se corte a direito o caminho aos tiranetes, quando acordarmos poderá ser tarde de mais e os custos para arrepiar caminho serão dolorosos.
Isto vem a propósito de, o governo do PS ter ultimamente uma série de atitudes e comportamentos inadmissíveis em termos democráticos. A última foi a exoneração da directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho, por esta não ter procedido à retirada de um cartaz, afixado por um clínico daquele centro, em que era reproduzida uma frase do ministro da saúde, Correia de Campos, à qual o médico acrescentou outra de conteúdo humorístico. Definitivamente este governo não está para brincadeiras. Se eu tinha a opinião que pessoa que não tem sentido humor, é uma pessoa a evitar, por maioria de razão penso de um governo que está à frente dos destinos do meu país.
Mas o mais grave é que, pelo nosso silêncio colectivo, estes comportamentos anti-democráticos estão a ser sancionados. O governo sente que tem o campo livre para fazer o que quer, e nem os restantes órgãos de soberania ousam intrometer-se no seu caminho.
Fomos para a rua por Timor, mas agora que começam a atacar a nossa casa, ficamos sentados à espera que o inimigo entre e se instale. Belo povo, belo país.
Volta Santana, estás perdoado.
Não admira porque é que o Partido Socialista coloca ex-comunistas a assumir cargos no partido, no governo, nas empresas, Tribunal Constitucional, etc. Eles são a "muralha de aço" do executivo. Dentro e fora. Os métodos nunca se esquecem.
Um dia destes, Joe Berardo, acorda outra vez mal disposto e, decide que chegou a hora da Ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, "fazer a trouxa" e "pôr-se ao largo".
Alguém dará por falta dela?
Estranha-se que a Associação Comercial de Lisboa não tenha vindo a público defender os pequenos e médios comerciantes da capital, já que na passada Segunda-Feira foi inaugurada mais uma grande superfície comercial em Lisboa : o CCB. Centro Comercial Berardo.
Em Portugal, costumamos vergar a "espinha" perante doutores e engenheiros. No entanto, há por aí um novo personagem que também exige, na sua presença, que vergamos a dita cuja: Comendador.
Trate de arranjar dinheiro, muito dinheiro, não "queime as pestanas" e a comendazinha arranja-se num ápice.
Pacheco Pereira, no seu blogue, o Abrupto, a propósito da queixa-crime que José Sócrates apresentou contra o autor do blogue Do Portugal Profundo, António Balbino Caldeira, que curiosamente, ou não, nunca menciona no seu escrito, faz uma série de considerações acerca da responsabilidade civil e criminal a que os autores dos blogues devem estar submetidos. Pacheco Pereira prefere referir-se a: "agora que os blogues começam a sentar-se no banco dos réus", mas como não os identifica, ficamos com a impressão que são vários. Será que o Abrupto já foi processado e Pacheco Pereira nada disse? Afinal já leva anos a exercer o direito de crítica no seu blogue sobre as mais variadas pessoas e situações e, nós sabemos que isto de se considerar difamado e insultado vai muito da formação de cada um. Logo, até seria natural Pacheco Pereira ser processado. Mas não creio, e já veremos porquê.
Mas, o que verdadeiramente tira Pacheco Pereira do sério é essa coisa da caixa de comentários que existe nos blogues, mas que existe na medida em que os seus autores consentem, que não é o caso dele, para que se saiba. Subentende-se que ele até tem alguma comiseração pelo que o autor de um blogue escreve, mesmo sendo lixo, agora acrescentar lixo ao lixo, que é o que as caixas de comentário abertas e sem qualquer controlo pelo autor, estava tentado a dizer "director", desse blogue produzem, isso é ultrapassar o admíssivel. Na visão dele nessas caixas só existem calúnias e insultos gratuitos e se o autor do blogue os permite, logo é ele que deve ser responsabilizado, e por conseguinte "sentar-se no banco dos réus".
Sempre me pareceu, talvez esteja errado, que, Pacheco Pereira sempre desejou que os blogues se transformassem em jornais, de versão electrónica, e que as regras que ditam a conduta da imprensa se aplicasse também aos blogues. A sua escola tem seguidores. Fora e dentro da blogosfera.
Que os blogues, e os seus autores, estejam submetidos ao Direito é elementar. Nada nem ninguém deve estar acima da Lei. Agora querer responsabilizar os autores que permitem caixas de comentário abertas, e que não fazem triagem, parece-me absurdo, no mínimo.
Se alguém se sente difamado e insultado pelos comentários produzidos nas caixas dos blogues, deve processar quem os fez, e não quem utilizou uma ferramenta que a empresa proprietária dos blogues pôs à disposição do "fazedor" do mesmo. É que um blogue por mais voltas que se dê não é um jornal.
Mas esta prosa de Pacheco Pereira reside é no lixo "bloguista". Se não houvesse lixo, o ambiente era puro e não haveria banco dos réus para ninguém. Subentende-se que ele considera que não produz lixo. A prosa, a poesia, as fotos, os vídeos, que pelo seu blogue campeiam, estão lá para glória e educação do "povo". O tal a quem não deve ser permitido destilar o fel nas caixas de comentários abertas e sem controlo.
Como Pacheco Pereira há muitos "fazedores" de blogues que não permitem diálogos e troca de impressões com os leitores dos mesmos. Quando muito, permitem que lhes escrevam uns e-mails que eles se encarregarão de filtrar e, se acharem que não é lixo, lá permitirão que, um ou outro, ilustre a obra de arte que é o "seu" blogue.
Pacheco Pereira ainda vai resistindo, honra lhe seja feita, a ter um blogue que alimenta diariamente. Não sabemos até quando. Muitos como ele, ou seja, que acham que têm como missão "educar o povo", ou melhor dito o "poviléu", porque agora já começa a ser chique considerar que também os "separadores de lixo" são povo, ou desistiram, ou nem sequer se atreveram a "meter os pés" em tamanha lixeira. É que, na visão desses, quem meter a mão no lixo uma vez, fica-se sujo toda a vida.
Há muito pedantismo e arrogância dentro da blogosfera, como aliás fora dela. As pessoas transportam para aqui as intrigas, as invejas, as traições, as guerras pessoais e tudo o mais que se possa imaginar, e que fazem parte do seu dia-a-dia nas redacções dos jornais, na televisão, no ensino, na cultura, etc., etc.
Isto da democracia ser para todos é uma chatice.
Isto, só em Portugal: oposição ao governo não temos, vai daí, como é de bom tom, e como governo democrático que se preze tem de ter oposição, se ela não existe, trata-se de arranjar. Ora muito bem.
À falta de melhor, o governo, pela mão do seu líder, José Sócrates, já tratou de escolher o alvo, por forma a haver uma real e efectiva oposição. Não, não criaram um partido fantoche, nem nada que se pareça.
Portuguesas e Portugueses, a oposição, nos tempos mais próximos, e para glória dos nossos irmãos europeus, a cujos destinos vamos presidir já a partir do próximo dia 1 de Julho e até ao fim do ano, será personificada por António Balbino Caldeira, autor do blogue Do Portugal Profundo. Assim "decretou", Sua Excelência O Primeiro-Ministro, José Sócrates.
Ontem, no programa Prós e Contras da RTP 1, emitido a partir do Porto, para justamente discutir a cidade do Porto e a região Norte, e o seu declínio em termos nacionais, em que foram convidados, para além do Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, quatro empresários conotados com o Porto e a sua região: Ludgero Marques, Rui Moreira, Luís Portela e Belmiro de Azevedo.
Excepto, Rui Rio, os restantes intervenientes, mesmo aqueles que intervieram a partir da assistência, só se lamuriaram da sorte do Porto. E, mais uma vez, o provincianismo bacoco veio ao de cima. Para aqueles senhores, o Porto está como está, e aqui Rui Rio frisou, e bem, que uma coisa é o concelho do Porto, outra coisa é a Área Metropolitana do Porto e outra ainda é a região Norte, por causa de..., já adivinharam? Claro, Lisboa. Essa terra que não deixa as outras brilhar, que tudo suga e nada dá.
O debate, supostamente, era para discutir o Porto, e passou-se o tempo quase todo a falar de Lisboa. Ouviu-se mais vezes a palavra "Lisboa", que a palavra "Porto". O que só demonstra que o Porto necessita de Lisboa, como de pão para a boca. Alguém no meio daquele espectáculo atirou que Lisboa também está mal, e que Lisboa ainda é, para o bem e para o mal, a capital deste pobre país. E que o Porto está doente, porque Lisboa também está e, por conseguinte o resto do país. Ou melhor dizendo, o Continente. Porque os Açores e a Madeira são outra história, pela sua autonomia, mas não só.
A sociedade portuense, a cidade do Porto, e o resto do país, têm que se capacitar que só quando a capital, que é Lisboa, estiver em franco desenvolvimento e com dinamismo económico, social e cultural é que Portugal consegue "dar o salto". O Porto precisa de uma capital sã e com pujança, para também ele se afirmar como o segundo pólo de desenvolvimento do país.
Portugal é um país pequeno e só se vê as pretensas elites a dizer mal de Lisboa. Nada mais estúpido. O país precisa de uma Lisboa com projecção na Europa e no mundo. Já aqui disse num post anterior, que Lisboa precisa de ser amada e querida por todos no país, começando pelos lisboetas, que são os primeiros a desprezar e a não lutarem pela sua cidade e região.
Depois vêm, outra vez, com a regionalização, como panaceia para resolver os males do país e do Porto, claro está. Nada mais errado. Pode-se regionalizar o que se quiser. Mas o país pelos contrastes que apresenta: Norte-Sul e Litoral-Interior, necessita da solidariedade do todo nacional. E sejamos sérios, Lisboa é generosa, e será cada vez mais, assim consiga sair do marasmo em que se encontra, com o resto do país. Façam as contas da riqueza produzida e dividamos pelo número de habitantes e verão se é ou não generosa.
No meio daquela gente, que devia ir ao programa Prós e Contras puxar pelo Porto, vê-se que há uma pessoa que sabe o que quer e que percebe o que está em jogo, e, para sorte do Porto, essa pessoa é o seu Presidente da Câmara Municipal, Rui Rio. Também já aqui disse que me parece, e é com toda a certeza, uma pessoa de uma seriedade e integridade que, neste momento em Portugal, infelizmente, é raro, para não dizer raríssimo. Acusam-no, as elites, sempre as elites, de ser "merceeiro", "contabilista", e outros nomes sonantes. Esquecem-se que o país está no estado em que está, precisamente porque não se quis saber das contas e outros houve que trataram de fazer contas em proveito próprio e dos seus corregilionários.
Lembram-se de como o PCP vociferava, e tomava conta do espaço público (comunicação social, rua, empresas, etc.), quando os governos, sobretudo quando eram do PSD, ou PSD+CDS, mas também do PS, tomavam medidas, que na visão do PCP, iam contra as liberdades e garantias dos cidadãos? As que eles apelidavam de "conquistas de Abril"?
Pois bem, com este governo PS, esse PCP morreu completamente. Não se ouve uma voz crítica vinda desse quadrante político, contra os demandos que se avolumam de dia para dia contra a liberdade de cada um: liberdade de expressão, liberdade de cidadania, para já não falar da liberdade económica e social. Se a voz do PCP, após a queda do muro de Berlim, foi sendo cada vez menos audível, com Sócrates ficou afónica de vez.
Lembram-se do Bloco de Esquerda que, a todas as medidas dos últimos governos PSD+CDS, acenava-nos que vinha aí o "fascismo"? Que tinhamos que barrar o caminho a esses neo-liberais de pacotilha, que Durão Barroso e Santana Lopes personificavam, e que tinham George Bush por modelo?
Pois bem, o "Bloco" transformou-se num bloco colado com cimento cola de fraca qualidade. A sua voz, Francisco Louçã, porque só esta verdadeiramente contava, também emudeceu. Por vezes ainda aparece a dizer "umas coisas" contra o governo de José Sócrates, mas não se ouve. Há sempre um ruído de fundo.
O CDS-PP é daqueles casos patológicos que mal se curou da doença que o contaminou, volta a infectar-se. Efectivamente, o CDS-PP sempre gostou muito do "respeitinho", que não do respeito. Ora, se Sócrates é a personificação do "respeitinho", o CDS-PP só tem que aplaudir, silenciosamente, dessa forma não se suja. Mas, se por ventura, admitamos, num delírio "à Portas", ousassem levantar a voz, lá está o caso "Portucale" para eles piarem fininho.
Por fim, temos o PSD, esse saco de gatos, a 2, 3, 4, 5, n vozes, em que mal um fala, vem logo outro achincalhar o que foi dito. Embora tenha sido, até agora, o único a dizer que o "rei vai nú", a credibilidade do partido na sociedade é praticamente nula. Marques Mendes bem tenta ganhar credibilidade para o partido, mas é tarefa hérculea, depois da catástrofe Durão Barroso, Santana Lopes a que se veio juntar a da Câmara Municipal de Lisboa. Mas também Marques Mendes não pode "cantar de galo", pois lá apareceu o caso Isaltino Morais e a Universidade Atlântica em Oeiras para que ele não se meta em "bicos de pés". Se não, já sabe.
Pela primeira vez, vejo um governo em Portugal que não brinca em serviço, e logo do PS, quem diria. Esta eficiência governativa, de cunho socrático, está a superar todas as expectativas. E o espanto é tanto que, mesmo que alguém, no meio deste turpor colectivo, ouse "falar mais alto" e denunciar que "algo vai mal no reino de Neptuno" é logo apelidado de "lunático", que está a "alucinar". Alguns desses "lunáticos" ainda debitam nalguma imprensa, mas ninguém lhes liga, porque na televisão o pio está cortado. Afinal em Portugal, tirando aqueles que já estão rendidos ao poder socialista, pelos mais variados motivos e com " telhados de vidro", quem é que lê jornais?
Essa coisa da Internet, dos blogues mais propriamente dito, é que estraga um bocado a festa. E então agora com a democratização do acesso à rede, a coisa torna-se mais complicada de domar. Esses tipos da União Europeia estão sempre a dizer-nos que estamos sempre na "mó de baixo" a tudo o que são índices de desenvolvimento. Logo há que mostar, para fora, que estamos a fazer tudo para ficar "up to date". Como eles. O acesso à Internet, infelizmente, faz parte dessa política para "inglês ver". Mas para lançar um aviso à "navegação" e não queimar o governo "lá fora", nada melhor do que tomar uma iniciativa própria, como quem diz a título individual, mas com fato de Primeiro-Ministro, que isto de sinais, o povo é parvo, mas lá vai lendo nas entrelinhas, e toca de fazer uma queixa-crime contra um "fazedor" de blogues, daqueles que não querem vislumbrar a glória do poder socialista sobre a Terra de Santa Maria, pela mão do Grande Líder. Podia pensar-se que a queixa-crime se iria direccionar para aqueles a quem ainda se permite que digam umas "coisas", uma daquelas personagens que todos nós identificamos. Mas não, isso para o povo era chover no molhado. Não teria efeito. Diziam logo, como dizem sempre: "eles zangam-se à nossa frente, mas voltam as costas e é só "beijinhos" e "abraços"".
Com a queixa-crime dirigida a um desconhecido, que o povo não consegue identificar, tem o mesmo efeito como se fosse dirigida a cada um desses "bloguistas" anónimos que na Internet pululam a zurzir contra o explendor da governação socialista e do seu Grande Líder. E assim, espera-se, mais uma voz domesticada.
Estamos boquiabertos, o homem é mesmo inteligente. Diríamos mesmo, inteligentíssimo. De primeira água. Quem assim é, não precisa de qualquer título académico para ser idolatrado.
Oito dias, uma semana, já passaram em que se soube que, o autor do blogue Do Portugal Profundo, António Balbino Caldeira, tinha sido constituído arguido por se ter "metido" com o Primeiro-Ministro e o seu turbulento percurso académico, pelo menos em termos administrativos, nos escritos que foi produzindo no seu blogue há dois anos a esta parte. Primeiro levantando a "lebre" e depois não a deixando fugir.
Na RTP, televisão pública, nem uma palavra, até agora, sobre o assunto.
Para quem dizia que a senhora ia-se sair mal à frente dos destinos da Alemanha, Angela Merkel, chancelerina alemã, mostrou internamente, e sobretudo à Europa, que com ela há dinamismo e vontade de fazer.
É, neste momento, a única mulher Chefe de Estado e de Governo dos 27 estados membros da União Europeia. É ouvida por todos com desvelo e admiração. Ao contrário de Margareth Thatcher, primeira-ministra britância entre 1979 e 1980, Angela Merkel é profundamente europeia e adepta das políticas sociais europeias alargadas.
A senhora directora, tem tudo isto para quê? Para levantar mais uns processos? Por isso, não fez menção ao debate político que as suas acções provocaram. É que os deputados têm imunidade parlamentar, logo não vale a pena processar. Mas lá vêm os blogues, que ela sabe que são aqueles que provocam mais "mossa".
Oh, Santo Deus, por SMS? Queixinhas por SMS? Ao que isto chegou. A senhora acha normal este procedimento delatório e pelos vistos o jornalista, Francisco Mangas, também. O problema deve ser meu: quem manda a mim ser antiquado e não me actualizar "tecnologicamente". A delação tecnológica é que está a dar.
O argumento feminista mais machista deste milénio, em Portugal.
A auto-comiseração fica-vos tão bem.
Mais um processo. E vão quantos?
A senhora directora pode ser uma óptima profissional, enquanto promotora da política de educação do governo, no entanto quanto ao resto, esta entrevista diz tudo.
Franklin Távora (1842-1888) Escritor brasileiro