2 de agosto de 2007

Manipulação

O comunicado do gabinete de imprensa do Primeiro-Ministro, resultante do arquivamento por parte da Procuradoria-Geral da República, por "não se ter verificado prática de crime de falsificação de documento autêntico, p. e p. pelo art.º 256º, n.º 1 e n.º 3, do Código Penal, na modalidade de falsidade em documento, ou de crime de uso de documento autêntico falso, p. e p. pelo citado preceito, n.sº 1, al. c) e 3, envolvendo a licenciatura em engenharia civil de José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.", vem dizer que os portugueses não devem interpretar à letra o comunicado emitido pela entidade que dirigiu o inquérito, mas sim a interpretação que ele, Primeiro-Ministro, quer que se faça dos resultados desse mesmo inquérito, ou seja, que: "O primeiro-ministro nunca esperou outro resultado que não aquele que o inquérito veio a apurar, mas a verdade é que a conclusão deste processo deixa ainda mais claro o que muitos portugueses certamente já tinham percebido: a campanha desenvolvida contra o primeiro-ministro foi uma campanha totalmente destituída de fundamento e não teve outro objectivo senão o de caluniar e atacar pessoalmente o primeiro-ministro."

Depois disto há ainda alguém que necessite de dicionários, ou de intérpretes? Basta ligar para o Gabinete de Imprensa de José Sócrates, que lá lhe tiram quaisquer dúvidas.

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