31 de maio de 2007
Tudo bons rapazes
Vídeo eficiência
Aguardemos então pela eficiência das câmaras de vídeo do Metro de Lisboa, ou se mais uma vez se comprova que a vídeo vigilância em Portugal é só para enfeitar.
O canudo
Depois admiram-se de o Primeiro-Ministro querer ser licenciado, "à força toda".
Caras de pau
Secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional
Secretário de Estado da Admistração Pública
30 de maio de 2007
Criminosos na Letónia
29 de maio de 2007
Os donos da bola
A vergonha não se compra: tem-se, ou não
27 de maio de 2007
Ele existe: João Silva
Aeroporto: a força dos "lobbies"
25 de maio de 2007
Está tudo grosso, ou quê?
A conversa dos políticos já não enganava ninguém. No entanto, passámos para outro patamar acerca do nível de confiança que as suas palavras merecem: político que fale depois de almoço, jamais fala aquilo que falaria se fosse antes de almoço.
Vide, para além do decano Alberto João Jardim: Mário Lino, Almeida Santos, Manuel Pinho e Santana Lopes.
Como a semana ainda não terminou, é possível que a lista ainda aumente. A ver vamos.
Semana horribilis
- ele é a directora regional de educação do Norte e o seu afã de agradar ao "chefe";
- ele é o aeroporto da Ota e as declarações do ministro das Obras Públicas, Mário Lino;
- ele é o seu colega da Economia, Manuel Pinho, e a promessa de empregos na fábrica da Delphi em Castelo Branco, após o fecho de uma unidade do grupo na Guarda, que afinal já estavam preenchidos;
- ele é as progressões e descongelamento de carreiras dos funcionários públicos que o Primeiro-Ministro, himself, tinha prometido desbloquear em 2008, e que afinal passaram para 2009, porém, entretanto, ontem à tarde, o Secretário de Estado da Administração Pública -depois de manhã ter dito o contrário- veio "explicar" que afinal talvez se arranje um "descongelamentozito"em 2008.
É só "rir" de tanta tristeza junta. A maioria dos portugueses costuma ir de férias em Agosto, mas o governo está manifestamente a precisar de ir mais cedo. O deserto da Margem Sul é uma boa opção.
24 de maio de 2007
Aeroporto de anedOTA
Esta questão do novo aeroporto de Lisboa, que o Governo pretende construir na Ota, confesso que já chateia e que há manipulação a mais. Ora vejamos, segundo os detractores da Ota, e por conseguinte defensores da construção do aeroporto na margem sul do Tejo, a construção do aeroporto custará muito mais do que na margem sul; que na Ota os interesses e a especulação imobiliários são mais que muitos; que na Ota o aeroporto tem um período muito curto de vida útil, sem hipóteses de expansão; que na margem sul esses problemas não se põem. Chegados aqui, pergunta-se:
- Na margem sul não há interesses de nenhuma ordem? Aqueles que pugnam para que o aeroporto seja na margem sul são todos "gente boa", sem mácula?
- Se por hipótese, o governo decidisse que o aeroporto ia ser construído na margem sul, já podíamos dormir descansados? A obra seria exemplo para o mundo: "a obra perfeita". Seria colocada uma placa para as gerações vindouras com a seguinte inscrição: "pela tenacidade de uns, o bem de todos".
Os portugueses adoram ser manipulados. Em todas as obras públicas existem interesses? Claro que existem. E existirão. Só que os interesses directos de alguns terão que corresponder aos interesses indirectos da maioria.
No meio desta algazarra, há quem defenda que Lisboa nem precisa de um novo aeroporto. O que demonstra um desconhecimento atroz de como se processa o transporte aéreo. Só mesmo quem não viaja de avião e não conhece o aeroporto da Portela pode dizer isso. Daí não ser estranho que a maioria dos entrevistados numa sondagem tenha afirmado que Lisboa não precisava de um novo aeroporto. Esperemos é que a Portela aguente até 2017, o que dado o aumento quase exponencial do tráfego vai ser praticamente impossível sem que se faça uso subsidiário de pistas como Alverca ou Montijo.
Eu pessoalmente, como resido perto da Ota, e numa posição egoísta, também gostaria que ele fosse para a margem sul. Para quem reside na zona os potenciais prejuízos serão superiores aos potenciais lucros. Mas não sou míope a esse ponto. Se a Ota for o melhor para o país, então que se faça. Para que se saiba não tenho interesses imobiliários ou outros, directos ou indirectos, na região. Só que tento ver as coisas desapaixonadamente.
Agora os argumentos, para a construção do aeroporto na Ota, não se podem basear no que disse Almeida Santos, de que era melhor na Ota por causa de possíveis atentados terroristas às pontes que ligam as margens norte e sul do Tejo. É de uma falta de tacto confragedora, chega a ser doloroso ouvir. Não me admirava que esse argumento viesse do homem da rua, mas de um homem que foi Presidente da Assembleia da República e que se move nos meadros do poder, é de bradar aos céus.
Já os argumentos do ministro das Obras Públicas, Mário Lino, embora exagerados, não deixam de ser atendíveis. Não basta a construção do aeroporto em si, mas tudo o que está para além dele e que é vital para a sua sobrevivência. Nesse aspecto só um cego é que não vê que a norte de Lisboa as infraestruturas extra-aeroporto existentes são de longe superiores às existentes a sul da capital.
Mas como o folclore político vive de soundbytes, o ministro das Obras Públicas e Almeida Santos lá fizeram a sua contribuição e assim não se discute aquilo que verdadeiramente interessa a este país cada vez mais desgraçado.
23 de maio de 2007
Protocolo de Estado
O Presidente da Câmara Municipal de Santarém "dá uma chapada de luva branca" à Secretaria de Estado, mas o alcance das missivas vai para além da membro do actual governo, salpicando todas as vaidades que pululam por esse país fora.
"Ex.mª Senhora
Secretária de Estado da Reabilitação
D.Idália Moniz
Depois do nosso encontro em Amiais de Baixo, no passado dia 16, e do sibilino conselho que V.Exª me murmurou na hora da despedida, acorri apressado, num misto de ansiedade e desvanecimento, à procura da Lei do Protocolo de Estado. Não era caso para menos. Eu ousara declarar que, por gentileza, deixava V.Exª fechar a sessão em que nos encontrávamos e era óbvio o meu gesto cavalheiro pois pertencia ao Presidente da Câmara Municipal de Santarém. Mas depois do discreto e merecido raspanete, reconheço que saí de Amiais com o coração em sobressalto, coração apertado de penitências, voz embargada de vergonha pois, mais uma vez, este ‘Presidente atípico’ como V.Exª certeiramente me catalogou depois de uma das minhas ‘gaffes’ à entrada, teria terminado em glória com mais ‘atipicidade’ à saída.
Sobravam-me quilómetros até ao canto onde arrumo, com cautela de santuário, as leis do Estado. Era grande a aflição, confesso, e saltei sobre a invocada, bem impressa no nosso ilustradíssimo Diário da República e li. Ou melhor, reli pois que fizera em tão precioso documento uma lavadela de olhos logo quando fora publicada.
Soaram-me sinos nos sentidos. A nossa bem amada Lei nº 40/2006 de 25 de Agosto mostrava, num formalíssimo e severíssimo protocolo who is who a galeria social do Estado. E lá estava, logo a abrir a primeira decepção. Os nossos tão aplaudidos Secretários de Estado remetidos para uma ignóbil 20ª posição e os Presidentes de Câmara atirados confortavelmente para o 41º lugar da tabela de classificação por pontos. E digo confortavelmente, pois é posição que permite a autarca menos escrupuloso com as formalidades do Estado, sair discretamente durante uma cerimónia enfadonha e ir até ao jardim fumar o seu cigarrito e tornar a entrar para o seu discreto 41º lugar sem que alguém dê pela sua falta.
Ora dizia eu que reli a lei e a minha alma exultou. Não me espalhara outra vez. V.Exª sabe, muitos dos meus amigos chamam-me a atenção, e com razão, para o facto de eu entender o Protocolo de Estado como um problema de sapato e de verniz. E se me aplaudem por dar muita importância ao sapato, não deixam de reparar que me preocupo pouco com o verniz. Reconheço que sou filho de más leituras. A severidade de Camilo ou de Eça para o excesso de verniz da classe política, pouco preocupada com o feitio do sapato, foi herança que me desnorteou os cromossomas e bem me penitencio de tanta distracção. Mas enfim! Agora que reli fico com a consoladora certeza que, por esta vez, em terras de Amiais de Baixo, este vosso humilde servo foi, não só gentil, mas respeitador da Lei do Verniz. É que existe um maçador artº 31, nº 1, que coloca, no seu município, o presidente da câmara numa posição que diria, tonitruante. Preside a tudo, Santo Deus! E só lhe ganha a palma Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, Primeiro Ministro e, se for fora dos Paços do Concelho, qualquer ministro. Nem uma palavra para Secretários de Estado! Nem um mero afago, um simples carinho. Nada.
Se cominarmos esse antipático artº 31 com o pretensioso artº 33 , então Secretário de Estado tem lugar depois dos nossos bons Presidentes de Junta tomarem assento. Uma injustiça, afirmo eu. Um verdadeiro agravo à brilhante sonoridade que justamente submete quem ouve o título de Secretário de Estado. Não fosse V.Exª uma brilhante Secretária de Estado e não desistiria de a exortar a mobilizar os seus colegas de titulatura para greve reivindicativa contra si própria, ou melhor dizendo, contra o seu inestimável governo.
Não posso dissertar mais sobre esta matéria porque uma outra inquietação me assalta. A minha primeira leitura, e a recente leitura, da Lei do Verniz associada ao discreto raspanete que V.Exª me pregou, com elegância é certo, me conduz a uma terrível descoberta: V.Exª não conhece as leis produzidas pela Assembleia da República que a elegeu! Que fez de V.Exª competente Secretária de Estado! Que deu a V.Exª o rápido brilho que tantos camaradas seus procuram em vão há tanto tempo!
Já se percebeu, com certeza que V.Exª percebeu, que sendo o actual Presidente de Câmara Municipal de Santarém, pessoa pouco dada a essas sublimidades mundanas que não vou fazer do meu obscuro, mas rigoroso, conhecimento da Lei do Verniz uma bandeira de luta pelo bem do nosso concelho. Nem tão pouco essa Lei resolverá o buraco financeiro que o executivo camarário, que teve a honrosa presença de V.Exª, deixou aos vindouros como herança. E para continuar a ser elegante, afasto como se afasta Belzebu, a flatulenta ideia de enviar a um Secretário de Estado cópia da Lei do seu mandato só pelo reles motivo de a desconhecer.
Eu até acho bem que os Secretários de Estado desconheçam as leis que produzem os seus governos e parlamentos. Deixa-lhes o espírito mais livre para as grandiosas tarefas que quotidianamente carregam sobre os ombros, nomeadamente para algum verniz nos gestos e actos. E V. Exª com uma Secretaria de Estado tão difícil, que obriga a produção de sapato em abundância faz bem em deixar a minudência do verniz para um pobre autarca.
Por esta mesma razão, venho informar V.Exª que a partir de agora vou encarregar-me dessa vulgaridade que os meus amigos me censuram de desleixar. Produza V.Exª os sapatos que do verniz tratarei com gosto e prazer em servi-la.
Confesso que é sacrifício. Sacrifício pessoal, entenda-se. Prefiro mil vezes ver um Secretário de Estado a adornar uma bela mesa, enfeitada de apoiantes e profissionais da política, com um apontamento de flores no centro, uns quantos pacotes de manteiga, mais alguns salgados a condizer, e gravatas distintas, soberbas, do que ser forçado a impor o meu rebelde temperamento a tão augustas personagens, incluindo o pacote de manteiga. Mas se nada valho entre estrelas, querubins e safiras, tenho certeza certa que o Presidente da Câmara Municipal de Santarém, cidade e concelho de prestígio, vai definitivamente ocupar o lugar a que tem direito, por respeito ao augusto Governo de V.Exª e informar os Presidentes de Junta das suas responsabilidades formais. Com grande desgosto meu. Mas seguramente aliviando V.Exª do pesado fardo dos protocolos que desconhece mas com bom proveito para o nobre ofício de secretariar o Estado.
Creia-me com amizade bem disposta e consideração alegre
Com os melhores cumprimentos
O Cidadão
(Francisco Moita Flores)»
«Exmº Senhor Presidente
Da Comissão de Ética
Da Assembleia da República
Deputado José Correia
Santarém, 16 de Abril de 2007
N/Ref.
Desculpe-me antecipadamente V.Ex.ª vir incomodá-lo com um problema aparentemente sem importância, uma espécie de barba mal feita, e que sendo um problema formal me dirija a V.Exª com tão pouca formalidade.
Imagine um sapato de verniz com uma pequena esfoliação no calcanhar. É esse o problema que venho expôr. O sapato sou eu, e presidente da câmara de Santarém é sapato gasto, endividado e sem grande margem de manobra para lhes reforçar os contrafortes ou deitar-lhes meias solas. O verniz uma deputada vossa, agora ilustre secretária de Estado e que responde pela graça de D.Idália Moniz.
Aliás, deve dizer em nome da arte de fazer política, que a senhora D.Idália foi excelsa vereadora desta autarquia e contribuiu alegremente para a ruína do meu sapato. Vereadora da cultura, diga-se, cargo que ocupou com grande zelo e discrição até ao dia que um chamamento divino lhe revelou a sua vocação para a Reabilitação e foi reabilitar para o governo.
Até aqui nada a apontar. Sei que são poucos os chamados mas raros os escolhidos. D. Idália respondeu ao chamamento e aceitou o apelo divino e eis que aí está para nosso grande conforto a secretariar o Estado com grande determinação e loquacidade.Feita a apresentação, devo agora pedir o esclarecimento que, por não saber mais a quem me dirigir, submeto a V.Exª.
A nossa respeitável Secretária de Estado vive no concelho de Santarém e bastas vezes intervém aqui de forma pública. Até é deputada municipal, coisa que diga-se de passagem pouco frequenta. Confesso que me dá algum prazer vê-la por cá pois que até gosto da senhora e pessoalmente acho-a gentil e afectuosa.
Mas é raro encontrar a pessoa de quem gosto. Apresenta-se invariavelmente a Secretária de Estado, austero, divina. Bom, eu disse divina e com alguma base de convicção. É que a senhora passa por cima, julgo eu, das leis da República, e impõe de forma categórica a sua presença qual Diana enviada para caçar em nome de Zeus.
Chegados aqui, chegamos ao sapato e ao verniz. A Lei nº 40/2006 de 25 de Agosto, sobre o Protocolo do Estado, garante no seu artº 31 que no seu concelho, o presidente da câmara tem estatuto de ministro para as cerimónias públicas que aqui ocorrem. Mas a senhora no seu furor de secretariar o Estado, sobretudo em juntas de freguesia da sua cor política, teima que não (até já levei um raspanete por ter ousado dizer que era de outra forma), e que não, e porta-se como rainha a quem todos têm de prestar alvíssaras.
Pessoalmente não sou pessoa para me incomodar esta leitura napoleónica do poder. Quer presidir? Presida. Quer aspergir-nos a todos com a sua sabedoria reabilitada? Baixo a minha humilde careca perante o brilho solar que irradia da sua figura. Mas também percebi que estas entradas de leão com saídas de deusa trazem água no bico. No meu entendimento violam a lei. Uma lei da República publicada durante o augusto governo a que pertence a augusta personagem. E das duas, uma. Ou a senhora Secretária de Estado não conhece a lei e é coisa grave. Ou conhecendo-a, não lhe liga puto, o que não é menos grave. A verdade é que tudo isto, sob a aparência de servir o Estado tem outras consignações. Reorganizar o seu partido desfeito com a última derrota eleitoral, amesquinhar o presidente da Câmara de Santarém, usar um bom sapato de verniz à custa dos sapatos remendões do desgraçado autarca crivado com as dívidas que a augusta personagem ajudou a construir.
Já percebeu V.Exª que esta carta não serve para repor honras espezinhadas porque a pessoa do presidente da Câmara, cuja vida é ser escritor, até se diverte e vai registando para memória futura estas atitudes que Eça de Queirós gostaria de ter conhecido. Mas o presidente da Câmara de Santarém não acha graça a que se violem leis da República, até porque é um dos seus garantes, e também não consegue aplaudir, como a pessoa do presidente aplaude, estas manifestações corriqueiras, narcísicas e petulantes de exercer o poder. Secretariar o Estado, na minha modesta opinião, não passa por este folclore de vaidades onde se esgotam personagens para melhores palcos.
Em Dezembro escrevi à senhora Secretária de Estado explicando-lha a lei que a sua maioria aprovou. Não ligou e acho que fez bem. Como pode senhora tão sobrecarregada com a arte de reabilitar preocupar-se com o afã de um presidente de câmara zeloso por fazer cumprir uma lei da República? Voltou à carga. E assim, aqui estou a pedir esclarecimentos a V.Exª.
1. O Artº 31º da Lei 40/2008 está revogado?
2. O Artº 31º não se aplica a Secretários de Estado que vivem no concelho?
3. O artº 31º é só para fazer de conta?
Esta pergunta é apenas para confirmar porque, quando aqui esteve Sua Excelência o Senhor Presidente da República, percebi que o Protocolo de Estado se cumpre.
4. Existe alguma legislação especial para o caso da Secretária de Estado da Reabilitação?
5. Estou enganado na interpretação da lei?
Ajude-me V.Exª. Sei que tenho os sapatos sujos e rotos, sem dinheiro para os mandar consertar e é sempre com alegria que vejo os sapatos de verniz da nossa augusta governante. Mas não sei se devo aceitar que me espezinhe. Se for em nome da República e como ajuda a resolver o défice, eu próprio me oferecerei para servir de passadeira, deixando que os brilhantes saltos se cravem nas minhas costas. Se é um mero exercício de vaidade pessoal, pesporrência política e orgulho narcísico, tenho mais que fazer do que aturar esta procissão de vaidades.
Ajude-me a esclarecer esta dúvida existencial. Se para mim a República é um bem absoluto, também é verdade que reconheço que perante esta enviada dos deuses haja bens terrenos que têm se ser sacrificados e disponho-me já a ser mártir da República para servir o verniz da senhora Secretária de Estado.
Creia-me com consideração
(Francisco Moita Flores)
PS: Como este conflito de vãs vaidades é suculento e é revelador de uma moral política extraordinária, informo V.Exª que darei voz pública à carta que vos envio, assim como à carta que em Dezembro enviei à senhora Secretária de Estado.»
Liberdade: que liberdade? (IV)
Blogosfera: impressões (II)
22 de maio de 2007
Liberdade: que liberdade? (III)
Gafe
21 de maio de 2007
Blogosfera: impressões (I)
Estes conceitos de Informação e Conhecimento são quase sempre confundidos. Toda a blogosfera produz informação, agora se essa informação leva ao conhecimento, só cada um dos consumidores da mesma é que aquilatará se houve, ou não, uma mais valia para si próprio. Essa mais valia é aquilo que eu chamo CONHECIMENTO. Na nossa praça existe uma plêiade de blogues, cujos autores, se julgam os únicos veículos da informação que leva ao conhecimento. Nada mais falso. Mas como vêm do mainstream comunicacional pensam que já fizeram os "exames de aprovação" e, portanto, que não têm que provar mais nada. Por mais estúpida e oca que seja a informação que produzem, se essa consideração vem de alguém de fora do circutio por onde se movimentam, então estúpido é o fulano e nunca a "obra de arte" que produziram. Não reconhecem poder de crítica.
A democratização da blogosfera é para alguns dos nossos "intelectuais", a causa da "decadência moral e ética" que na óptica deles está a atingi-la. Por isso alguns desses "intelectuais" nem querem contaminar o seu cérebro com tal "coisa" e os que ainda por cá andam tentam tudo por tudo para desacreditar os "desconhecidos".
Aqueles que dizem que cada vez mais a blogosfera é um "local mal frequentado", que só se pratica a maledicência, o boato, a intriga e onde se dá azo a todos os males que cada Homem tranposta dentro de si, são os mesmos que praticam aquilo que criticam, e muito mais, mas em circuito fechado. Públicas virtudes, vícios privados. Convivem mal, muito mal, quando se lhes aponta que o "Rei vai nú".
20 de maio de 2007
Mentes brilhantes
Jornalismo de investigação
Liberdade: que liberdade? (II)
19 de maio de 2007
18 de maio de 2007
Demita-se
17 de maio de 2007
Ai o bicho
Nem tudo são rosas
Dia da Espiga
16 de maio de 2007
Portugal está na moda
Alegadamente este último - o cão, entenda-se - terá saído de Inglaterra e regressado sem cumprir o período de quarentena que a lei inglesa impõe, vai daí a polícia foi a casa de Mourinho buscar o cão. Este - Mourinho, entenda-se - recusou-se a entregá-lo e parece que o mesmo não aparece. Oh! Diabo, mais um desaparecimento. Desta feita canino.
15 de maio de 2007
Liberdade: que liberdade?
Mãe Coragem
14 de maio de 2007
Lisboa
Exemplo a seguir
12 de maio de 2007
Fátima
11 de maio de 2007
Boas vindas
A recepção, do mais democrático que se possa imaginar, ao presidente francês eleito, está a ser preparada pelo sindicalista Bernard Thibault, secretário-geral da Confederação Geral dos trabalhadores franceses, com a seguinte tirada:
"Sarcozy foi eleito. Mas não creio que se possa considerar que haja uma aceitação geral sobre o seu programa ou que ele tenha legitimidade para fazer o que quer."
O campo está minado, Sarcozy sabe-o, vamos ver quando chegar ao fim quantas minas pisou, pois se chegar ao fim sem pisar nenhuma, a França estará igual aquilo que sempre foi.
Distrações
10 de maio de 2007
Bombo da Festa
"Algarve 'haven' for paedophiles"
Portuguese police are now desperately trying to track down potential suspects from a blacklist provided by UK cops.
Their chief fear is that Maddie, three, was stolen to order by an international gang of perverts.
Unlike here, Portugal has NO sex offenders register — and its relaxed policing has made it a magnet for sun-seeking paedophiles from Britain and the rest of Europe.
Under tough British laws, anyone on our register of 30,000 sex criminals must inform cops if they plan to travel abroad.
That information has been used to compile names of at least 130 paedophiles known to be on Portugal’s Algarve coast, where Maddie, vanished a week ago.
Police hunting for missing Madeleine McCann were today scrutinising four pieces of “very useful” fresh information, Crimestoppers said.
The tip-offs came among hundreds of calls made from Portugal to a special UK number set up by the charity.
A spokeswoman said they have been passed to Leicestershire Police, who are working alongside Portuguese police on the case.
She declined to comment further on the nature of the information.
Crimestoppers have created the number, 44 1883 731 336, because of problems with routing phone calls from Portugal to its normal 0800 555 111 number.
Several child sex ring scandals have hit Portugal in recent years.
And Scotland Yard investigated reports of a ring of teachers visiting the Algarve to prey on young boys.
One senior British police source said: “We are the only country in Europe who keep a list of sexual offenders and maintain intelligence on their movements. We have given our information to the Portuguese.”
A Home Office spokesman said: “We are giving every possible assistance to our colleagues in Portugal. Everybody who is on the register must inform police of any foreign trip, including dates of travel and where they are staying.”
Last night it emerged that Portuguese cops were probing reports of a car containing up to four men driving “suspiciously” near the complex where Maddie went missing.
A local shopkeeper said she saw the car TWICE in a few days — once on the night of the snatch.
It was also revealed that a senior British policeman who worked on the kidnap and murder of schoolgirl Milly Dowler has flown to Portugal to assist in the hunt.
Detective Superintendent Graham Hill is attached to the Child Exploitation and Online Protection Centre (CEOP), part of the Serious Organised Crime Agency set up a year ago. He previously worked for Surrey Police.
Milly, real name Amanda, was snatched near Walton railway station, Surrey, in 2002 while walking home from school. Her body was found six months later in a wood. No one has been charged.
Det Supt Hill also worked on the re-investigation into the murder of 14-year-old Roy Tutill. He was abducted in Chessington, Surrey, in 1968 and strangled.
Paedophile Brian Field was convicted of Roy’s murder in 2001.
A colleague of Det Supt Hill said: “Graham has great experience of investigating abductions of children.”
Another British expert, behavioural psychologist Joe Sullivan, has also been helping the hunt. He worked with Det Supt Hill on the Roy Tutill probe and advised officers on their interview strategy with Field.
Mr Sullivan, who also works for the CEOP, has wide experience of child sex murders and probing paedophile rings.
Mr Sullivan flew to the Algarve last week and returned to Britain yesterday. A source said: “He has many commitments but will be travelling back and forth to Portugal.”
Mr Hill and Mr Sullivan are regarded as the top brains in Europe on paedophile inquiries. Maddie, of Rothley, Leics, was taken by someone who broke into her bedroom at a Mark Warner holiday village in Praia da Luz as her parents Gerry and Kate, both 38, ate at a nearby restaurant.
Cops have drawn up a computer image of a Brit they want to quiz. He is described as white, 5ft 8ins, aged 35 to 40 with short dark hair.
But one person shown the picture by Portuguese detectives described it as “an egg with hair” because it did not have any facial details.
Officers have checked 500 apartments in and around Praia da Luz.
More than 100 people have been interviewed. And police have followed up 350 possible leads.
But the Portuguese investigation into Maddie’s disappearance has been widely criticised. Astonishingly, they have yet to issue their own photo or appeal to trace her.
Sources said last night that the hunt is about to be scaled down, because Portugal cannot afford it.
British law was tightened to restrict travel of paedophiles under the Sexual Offences Act, 2004.
Anybody on the sex offenders register spending three or more days abroad must give details to local police a week before they leave.
This gives the authorities time to inform foreign cops. But it is up to the host country to decide whether or not to monitor them."