A justiça portuguesa continua a dar uma imagem vergonhosa de si mesma. Hoje, foi finalmente pronunciada a setença do caso de uma criança com paralisia cerebral, a qual resultou, segundo o tribunal, de má prática médica na altura do parto.
A queixa, contra o hospital de Braga, foi feita pelos pais há 9 anos. A criança, hoje um jovem, tem 16 anos de idade.
Que raio de país é este que permite que só ao fim de 9 anos se produza uma setença, da qual o advogado do hospital já informou que vai recorrer? Ou seja, poderá acontecer que só daqui a mais uns anos a setença seja definitiva e sem hipótese de mais recursos, e então finalmente teremos alcançado a tão famigerada "justiça".
As vítimas em Portugal pelo simples facto de se queixarem são submetidas a um calvário que, muitas vezes causa mais prejuízos do que o acto que motivou a queixa.
O estado, com a sua teia legislativa, em vez de ajudar os mais fracos, os mais desprotegidos e os mais vulneráveis, só contribui, ainda mais, para fortalecer os poderosos, os que se movimentam no meio, os que possuem mais meios e conhecimentos para influenciar e direccionar o percurso da justiça.
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