13 de outubro de 2009

Jornalismo de Latrina

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Ontem, no programa da Fátima Campos Ferreira, o denominado "Prós & Contras", em que se debatia a plantação, ou semeadura, de notícias nos jornais portugueses, só veio confirmar uma convicção que eu já tinha de há muito tempo: em relação aos jornais portugueses, só acredito na página de necrologia. De facto, aqueles morreram e leio atentamente não vá alguém meu conhecido finar-se e eu não ter sido informado por via directa.

Quanto ao mais, fiquei com a certeza que o provedor da RTP, Paquete de Oliveira, além de exercer um cargo para o qual não tem a mínima capacidade, veio a terminar o programa com uma tirada que demonstra o que para ele é jornalismo.

Quando Henrique Monteiro, director do "Expresso", afirmou que ele tinha 30 e tal anos de jornalista na área política e o Marcolino tinha começado como jornalista na área desportiva, e por lá andou até há poucos anos, Paquete de Oliveira insurgiu-se contra o facto de Henrique Monteiro fazer essa distinção, como se isso não contasse para nada.

Conta e muito, Marcolino sabe muito bem que no jornalismo desportivo aquilo que ele fez no "Diário de Notícias" nunca teria as repercussões que teve, ao delatar fontes internas de um jornal concorrente, envolvendo as mais altas figuras do Estado.

Quando muito incendiava o mundo do futebol, coisa corriqueira todas as semanas na imprensa desportiva portuguesa.

Marcolino e Paquete de Oliveira estão bem um para o outro, eles mais uma vez confirmam que futebol e política no jornalismo português é uma e a mesma coisa.

Ainda vamos ver o Marcolino na RTP e o Paquete como provedor do "Diário de Notícias". Merecem-se.

1 comentário:

cfdill disse...

tu é que mereces o pseudo jornalista que agora ocupa o poiso de director de expresso...se nao percebeste a indignacao do provedor, nao há muito a fazer...deve ser da cultura do canudo portuguesa...o que interessa nao é o que se sabe mas sim o canudo que se tirou...