Ontem, fui alertado via Portugal dos Pequeninos para a polémica que se estava a desenrolar no blogue Escola de Lavores, blogue coletivo onde pontuam jornalistas, e que tinha como figura central o comportamento do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, no último jantar da comitiva governamental na visita, da passada semana, a Cabo Verde.
Segundo a jornalista Dina Soares como o ministro queria ficar “coladinho” ao seu chefe na mesa, mas como os lugares junto do chefe estavam ocupados por outros jornalistas, vai daí alguém mandatou (ministro ou satélite) um empregado do restaurante para pedir à jornalista que desse o seu lugar ao senhor ministro para assim estar no aconchego de Sócrates.
A jornalista não aceitou que lhe trouxessem outra cadeira para se sentar, dando a sua a Rui Pereira e assim ficando na mesma mesa, mais apertadinha, ela junto do ministro.
Rui Pereira veio ao blogue fazer comentário ao post da jornalista, chegou-se a duvidar que muito provavelmente não seria o próprio ministro a comentar, mas alguém fazendo-se passar por ele.
Hoje, o jornal Público, edição impressa, pega no caso e dá como dado adquirido que, de facto, foi mesmo Rui Pereira que veio tão lesto rebater a versão da jornalista, dizendo que ela era mentirosa, que a “coisa” não se tinha passado assim como ela dizia.
Eu tinha ficado na dúvida se de facto seria mesmo o ministro a escrever o comentário, isto não que ele não tivesse o direito de o fazer, mas como o seu chefe aquando das dúvidas factuais sobre o modo e a forma como tirou a sua licenciatura, na defunta Universidade Independente, levantadas pelo Do Portugal Profundo, de António Balbino Caldeira, que não é jornalista, não foi lá rebater ou esclarecer a sua versão, foi tão somente ler os vários posts , pegar neles e processar António Caldeira por se sentir difamado, vejo que a central de propaganda do grupo governamental vem imediatamente a terreiro desmentir - através dos próprios e/ou dos seus lacaios, que parecem ser muitos e que lutam entre si para ver quem ganha a cenoura diária oferecida pelo chefe - a blogosfera jornalística que não faça parte da Nomenklatura, nem que esteja em causa, tão só, falta de chá.
Nos media tradicionais já sabíamos os métodos empregues, passamos também a saber como se aplicam na Internet, especialmente na blogosfera.
A jornalista Dina Soares já devia saber que o grupo que está no poder são, quase todos, mal formados e mal-educados, sendo o seu chefe o maestro da orquestra.
Rui Pereira até se mostra ofendido com a fotomontagem que ilustra o post, retirado do We Have Kaos in the Garden, que aqui também se publica, retratando o ministro tal qual ele é.
A cadeira, ou a falta dela, para se sentar à mesa junto do “padrinho” mereceu de Rui Pereira um enérgico comentário, no blogue, na hora, já quanto à divulgação e crítica do Relatório de Segurança Interna relativo à criminalidade de 2008, protelou o mais que pôde e quando abriu aquela boca, que só ele tem, disse que apesar do aumento da criminalidade violenta, teríamos que seccionar o ano em trimestres e que “no último trimestre de 2008 já havia uma diminuição da criminalidade violenta.”
Este homem ou é estúpido ou pensa que é tudo cego, é que agora quando as estatísticas são desfavoráveis ao governo, a central de propaganda secciona os números no tempo e no espaço, e escolhe aqueles períodos em que se congela o método estatístico.
Rui Pereira podia ter dito que a criminalidade violenta até baixou em 2008 nos dias de chuva, entre as 9 da manhã e o meio-dia.
Mas quando é que isto acaba? Esta gente deveria ser banida de uma vez por todas, deportá-los para as ilhas Desertas e de lá nunca mais saírem, por lá ficassem e se multiplicassem, fizessem as suas negociatas e se comessem uns aos outros.
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