O programa "Novas Oportunidades" lançado pelo governo, e que José Sócrates não se cansa de apregoar como umas das suas maravilhas na "Arte de Bem Governar", dizem que tem o propósito de fazer com que aqueles que por qualquer motivo tiveram que abandonar o ensino, voltem à "escola" para em meia dúzia de meses verem as suas aptidões reconhecidas e por essa via ficarem com a ilusão de que agora estão mais aptos, uma vez que o Estado comprova, eles acreditam.
Essas pessoas que se lançam nas "Novas Oportunidades" vão na melhor das intenções e muitas delas almejam encontrar empregos mais qualificados, no caso de serem desempregados, e para aqueles que trabalham, pensam que será uma oportunidade de serem promovidos, e todos em teoria esperam melhor salários.
Não é em vão que os que colocam muitas esperanças nesse programa, são, na sua imensa maioria, pessoas desempregadas com baixa escolaridade, ou trabalhando, auferem rendimentos baixos, tendo a ilusão que são baixos porque não estudaram. Nada mais falso no Portugal de hoje. Veja-se o salário, a recibos verdes, dos jovens licenciados.
Mas nestas novas oportunidades, há uma classe que ainda não dei pela sua adesão: a classe política.
Todos sabemos que a classe política, principalmente, a nível local, em número apreciável, apresenta baixas qualificações académicas. Os executivos das Juntas de Freguesia mas também de muitas Câmaras Municipais, por esse país fora, também necessitavam, e com urgência, de aderirem a essas "Novas Oportunidades".
Mas, melhor que ninguém, eles sabem que o "papelinho" emitido pelo Ministério da Educação nunca lhes será exigido para manter ou aumentar o pecúlio. Nalguns casos até seria contraproducente.
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