Não conheço pessoalmente José Sócrates. Creio que se o conhecesse pessoalmente, no passado, ou no presente, a minha opinião seria substancialmente diferente. Não sei se seria mais positiva ou negativa. Seria certamente diferente.
A opinião que tenho sobre José Sócrates, Primeiro-Ministro actual do país onde nasci e onde me movo, circunscreve-se àquilo que o homem faz transparecer nas entrevistas, nas intervenções públicas e na imagem que nos chega através da comunicação social.
Sócrates está a frente dos destinos de Portugal há quase três anos. Tempo suficiente para o cidadão comum, como eu, ter uma ideia de quem é o homem que chegou ao poder em circunstâncias que a história, um dia, se encarregará de esclarecer.
Alguém já pensou que, se porventura Ferro Rodrigues não estivesse envolvido no caso Casa Pia, Sócrates nunca chegaria ao cargo que ocupa?
Posto isto, a imagem que tenho de José Sócrates é a seguinte:
- Intelectualmente pobre, muito limitado em cultura geral;
- Julga que Portugal se salvará pelas contas públicas equilibradas, o que denota que não percebe nada da História de Portugal e de que "massa" os portugueses são feitos;
- Ele acha-se "D. Sebastião": "antes de mim, o dilúvio, depois de mim, o paraíso";
- A sua timidez e complexo de inferioridade, que cultiva na intimidade, faz com que tenha que dar uma imagem de arrogante, de "homem forte" e de "inflexível", por forma a que o tomem a sério;
- Discurso pobre, com um vocabulário de português mediano, que cumpriu a escolaridade mínima obrigatória, sabendo que dessa forma os "portugueses", aqueles por quem ele acha que "trabalha", o compreendem e o recompensam. As sondagens não enganam;
- Homem fraco, que no seu intímo ainda pensa que "está a viver um sonho", que julgava impossível, quer pelas raízes, quer pelo percurso de vida;
- Depois temos o palco europeu, onde julga que os restantes 26 espectadores, o acham um político de fibra e de ideias, nunca pensado que os demais não passam de clones, mais ou menos reciclados;
Portugal vive há 8 anos consecutivos em recessão. A pobreza cresce a olhos vistos. Portugal é o mais pobre dos ricos, ou o mais rico dos pobres. Quando se fala em pobreza, pensa-se em dinheiro. No entanto Portugal está a empobrecer não só pelo lado económico, mas sobretudo pela educação, cultura, justiça.
O Primeiro-Ministro pensa e actua ao minuto, não tem visão de futuro, não percebe o país e o mundo e pensa o seguinte: " Eu, José Sócrates, nascido no seio de uma família vulgar portuguesa, nos confins de Portugal, sem pergaminhos, com um percurso de vida académico e profissional fora dos padrões comuns daqueles que chegaram onde eu cheguei, é porque sou "aquele" que vai salvar Portugal, e por quem todos anseiam, logo nada me deterá e serei implacável para com todos aqueles que ousem enfrentar-me".
Alguém acha que o namoro com Hugo Chávez, Robert Mugabe, José Eduardo dos Santos e quejandos é inocente? Não, não é. Todos têm em comum a negação da História e o alheamento do Conhecimento e da Razão.
Inocentemente, ou melhor dizendo: estupidamente, pensei que chegaria um dia a ver o meu país como baluarte de valores e de prosperidade. Hoje, sei que morrerei num país mais pobre, do que quando eu nasci. Quem diria.